CLUBE DE LEITURA – Comente o 3 e leia tudo de novo!

Uma semana, e mais qualquer coisinha, depois (este volume também é maior que os outros) encontramo-nos perante o triste, mas muito saboroso, final desta magnífica trilogia. Enquanto a intriga se adensa, e o nosso interesse também, novos personagens se cruzam no nosso imaginário de leitores.

Além de comentar este volume em particular, seria interessante enquadrar a perspectiva da trilogia como um todo. Quais serão as principais mensagens que Stieg Larsson quis passar com esta história? Será “apenas” uma teia ficcional ou estaremos perante um profunda análise sociológica e cultural? Estas e outras questões merecem que alvitreis as impetuosidades que este Millennium vos insurgiu. Por isso, alvitrai!


- Millennium 3: A Rainha no Palácio das Correntes de Ar – Stieg Larsson



P.S. – Já agora, poderiam alvitrar as próximas escolhas.
P.S.2 – Prometo que já não alvitro mais esta palavra.

Ventos Circulares

Peidos de chefia, são funções que eu não queria.
Sugestões de obrigação, deito fora com uma mão.
Peito de rola que manda, não incha na minha banda.
Posições de cagança, não alvitram a minha esperança.
Braços de força latente, fazem-me comichão na mente.

Peidos de chefia, são vozes que eu já sabia.
Sugestões de obrigação, empobrecem-me a razão.
Peito de rola que manda, corre muito mas não anda.
Posições de cagança, irritam-me a confiança.
Braços de força latente, seguram um trono aparente.

Peidos de chefia, ainda cheiram ao que se via.
Sugestões de obrigação, brilham a ouro mas são de latão.
Peito de rola que manda, é um opróbrio de cheiro a lavanda
Posições de cagança, são trespasses de fraca lança.
Braços de força latente, dissolvem idiotas em água mais quente.



Soltos os gases da revolta, sobram as pérolas do grito surdo. A ignomínia das mentes convulsas, liberta cheiros de abjecção. A afronta infamante do poder, amontoa tijolos de estupidez em paredes de ignorância morta. O melhor é fechar a porta.

Tudo na mesma. Como apenas mudaram as moscas, vou mas é de fim-de-semana e é já!

Homofonias

- Que bom estamos de novo na época do Bolo Guei!
- Bolo Gay?! Que horror que conceito mais preconceituoso!
- Mas estamos no Natal. É a época do Bolo Guei!
- Mas desde quando é que há épocas para Bolos Gay?! Aliás, o que é isso de Bolo Gay? Agora a pastelaria também tem orientação sexual?
- Sexual?? Mas quem é que falou em sexo? Eu só falei de bolos. E nesta época o que se come é Bolo Guei!
- Pois. Mas que descriminação é essa com os bolos? O que é que tem de diferente afinal?
- Difeguente? Não é difeguente. É guedondo, tem um bugaquinho ao meio, leva fgutos secos e fgutas cgistalizadas. Se não levag fgutas cgistalizadas até se chama Bolo Gainha!
- Ah…

Contos em Viagem – Brasil

E continuarei a divulgar até que o assento me doa. O que já nem acontece mais, pois o Meridional até tem assentos novos. Acabou-se a desculpa do: “Teatro?! Ah e tal faz-me doer as costas!” Não, agora essa já não pega. No entanto, a sala estava a meio esforço. Mas enquanto houver os que se esforçam, brilhantemente, do lado de lá, eu continuo a aplaudir (de pé!) do lado de cá.



Mais uma magnifica viagem no imaginário teatral. Depois de uma extraordinária ida a Cabo Verde, Natália Luíza e companhia atiram outra pedrada eficaz em charco simples. Uma excelente, e multi-facetada, interpretação de Gina Tocchetto acompanhada de outra excelente, e multi-musicada, banda sonora de António Pedro. Se uma interpreta muito com muito pouco, outro tira sons lindos de coisa nenhuma. Mais uma vez o Meridional aposta na simplicidade cénica em favor da riqueza da palavra e do som. Muito bom! Não sentimos falta de nada para perceber tudo (só de mais publico!).

Depois de ter começado em Faro, pode ser visto em Lisboa até dia 19 de Dezembro e de seguida vai percorrer várias salas do país. Por isso, ainda podem (e devem) ouver os sons e as palavras deste Brasil em viagem. A não perder!

AVISO – 2

Voltou no presente Sábado para sua casa, uma carteira pequena (tamanho cartão de crédito) que nunca tinha fugido, nem desaparecido. Vestia a mesma camisola castanha da Camel Active e aparentava uma tranquilidade irritante que nunca perdera. Estava apenas desidratada e dorida por ter passado uma semana caída atrás de não sei quê. Não se sabendo como, não sei quem a arrumar deve ter encontrado a pobre desgraçada (ah e tal gandas porcos! - Não, não... estava MESMO escondida) e colocou-a na mesa de cabeceira (oposta). Na madrugada de hoje a família deu, finalmente, por ela ao desligar a luz em pleno azamboamento (que é qualquer coisa que dá por volta das duas da manhã). Fazia-se acompanhar pelos mesmos, o que é normal dado que nada aconteceu. A Pessoalidade Judiciária agradece toda a ajuda prestada (que foi nenhuma) e louva as atitudes incompreendidas e impensáveis que provocam estas alterações ao normal funcionamento dos gestos rotineiros, mas que têm sempre um final feliz, estúpido mas feliz.

A família aproveita para agradecer, sobretudo o facto de não ter que exasperar em lojas do cidadão e afins. Os cartões do banco até estavam sujos na zona da banda magnética e por isso não vem grande mal ao mundo pelo facto de terem sido substituídos.



(Segundo fontes próximas, a família pondera a utilização de novas tecnologias que previnam futuros embaraços).

Sonhos

- Oh Chefe! Desculpe lá.
- ??
- Isso dá mesmo 200?
- Bem… até dá. Mas o que tem mais é força. Até porque pesa muito.
- Quanto?
- Uns 250 kg.
- Bem, mas é um ganda motão! Já viste meu?!
- Pois é… se eu tivesse uma dessas todas elas se sentavam!
- Podes crer! Ena pá… o meu sonho era ter um motão assim. Obrigadinho oh Chefe, boa viagem.
- Nada, até logo.




Sentei-me na minha pesudo-burguesia-envergonhada e arranquei consternado perante o quadro: o sonhador estava de muletas e mal se aguentava de pé, o conquistador não se aguentava definitivamente de pé porque já estava sentado no chão. Ambos rasgados e muito sujos, completamente desdentados pelo vício, o olhar vazio pela dose matinal já tomada, mas com um brilhozinho lá no fundo a admirar o meu sonho, que afinal também era o deles…

Tive vontade de desmontar, dar-lhes a chave e vir embora a pé. Mas isso não é a realidade e não havia como fazê-lo. Apenas a consciência de outras vidas me remoeu o pensamento. Egoistamente despejo o meu incómodo para aqui e sigo a viagem de mais um dia esquecendo vivências que afinal não esqueço. Uma neblina de pena abate-se na minha manhã… não gosto de o sentir mas senti.

Sonhador: não te conheço, mas vejo-te todos os dias. Se conseguires dobrar a perna levo-te a dar uma volta no nosso sonho.


P.S. - Foto by tirada no dia em que o meu sonho começou.

AVISO

Desapareceu no passado Domingo 15 de Novembro de sua casa, uma carteira pequena (tamanho cartão de crédito). Vestia uma camisola castanha da Camel Active e aparentava sinais de desorientação e transtorno (só assim se justifica que tenha fugido). Fazia-se acompanhar por um cartão do cidadão, por uma carta de condução, por um cartão multibanco e um visa (devidamente anulados nesta fase, pese embora os ridículos saldos à disposição - é nestas alturas que compensa ser um miserável), alguns cartões profissionais pessoais (dispensáveis) e 35€ em notas (que até se dão por mortos de bom grado). A Pessoalidade Judiciária agradece qualquer informação que ajude a encontrar o seu paradeiro.

Se a virem por aí, digam-lhe que volte para casa porque a família está muito preocupada e sem tempo para lojas do cidadão e afins.



(Na foto era mais nova e não tinha a mesma roupa. Também nunca se fez acompanhar por um American Express, mas dá para ver a carteironomia)

CLUBE DE LEITURA – Comente o 2, leia o 3.

Mais uma semana que passou neste milénio de leitura e vício que nos envolve nas malhas editoriais da Millennium e seus pares. Os mistérios adensam-se, as intrigas desenvolvem-se e afinal quem é Lisbeth Salander, essa personagem intensa a que ninguém consegue ficar alheio?

Numa mistura de violência e manipulação humana, este segundo volume é a continuação (melhorada) da genialidade de Stieg Larsson. Façam-se ouvir (e ler) os vossos incendeios opinativos sobre esta continuação. Ele há coisas bem queimadas, não há?!

- Millennium 2: A Rapariga que Sonhava com uma Lata de Gasolina e um Fósforo – Stieg Larsson




Destapada a manta da curiosidade, inicia hoje a leitura descoberta do terceiro e último (ou não!) volume da trilogia. Daqui a uma semana encerramos o capítulo Larsson aqui no Clube. Até lá deliciem-se e aproveitem para pensar nas sugestões para a próxima escolha. Continuação de bom milénio para todos!

- Millennium 3: A Rainha no Palácio das Correntes de Ar – Stieg Larsson




Lisbeth Salander sobreviveu aos ferimentos de que foi vítima, mas não tem razões para sorrir: o seu estado de saúde inspira cuidados e terá de permanecer várias semanas no hospital, completamente impossibilitada de se movimentar e agir. As acusações que recaem sobre ela levaram a polícia a mantê-la incontactável. Lisbeth sente-se sitiada e, como se isto não bastasse, vê-se ainda confrontada com outro problema: o pai, que a odeia e que ela feriu à machadada, encontra-se no mesmo hospital com ferimentos menos graves e intenções mais maquiavélicas... Entretanto, mantêm-se as movimentações secretas de alguns elementos da Säpo, a polícia de segurança sueca. Para se manter incógnita, esta gente que actua na sombra está determinada a eliminar todos os que se atravessam no seu caminho. Mas nem tudo podia ser mau: Lisbeth pode contar com Mikael Blomkvist que, para a ilibar, prepara um artigo sobre a conspiração que visa silenciá-la para sempre. E Mikael Blomkvist também não está sozinho nesta cruzada: Dragan Armanskij, o inspector Bublanski, Anika Gianini, entre outros, unem esforços para que se faça justiça. E Erika Berger? Será que Mikael pode contar com a sua ajuda, agora que também ela está a ser ameaçada? E quem é Rosa Figuerola, a bela mulher que seduz Mikael Blomkvist?

Café da Partilha – 5

O tempo e a saudade, e alguma preguiça também na verdade, encaminharam-me para o meu café de bairro favorito. O café, não o bairro. Esperançado por mais uma “crónica” passei a porta do paraíso da sandes de queijo e galão, com a expectativa da saudade.

Aproximei a fome e a ansiedade do balcão e pedi o habitual. Ao meu lado, um pequeno ser (homem) de tez muita pálida, assim quase albino, mordia com avidez um pastel de nata semi-escondido por um farfalhudo bigode louro e branco. O pastel, não o ser. O barrete capilar também rondava os tons, embora mais branco que amarelo. A pele ostentava ainda, sardas e outras manchas. A Rosa (que continua Sandra e cada vez mais latina) e os demais, dirigiam-se-lhe por qualquer palavra acabada em “ívias”, que eu não percebia.

Agucei a minha curiosidade crónica e regulei a audição para ao máximo. Ao quarto interpelar da Rosa finalmente percebi: Lixívias! Aquele ser de metro e meio e sem cor tem a simpática e carismática alcunha de Lixívias. Coisa que ele parece encaixar com todo o desportivismo da aceitação.

Ainda engolia o riso da descoberta, quando uma dona Fátima também de metro e meio (mas de largo) me esparramou contra o balcão, enquanto pedia um cafezinho. Dizia a Rosa:

- D. Fátima, e para comer?
- Oh filha… nada que gorda já eu estou!

(30 segundos de pausa)
- Tens Bom Bocado?
- Tenho.
- Olha que se lixe, dá cá um!




(15 segundos e duas dentadas depois)
- Hum… é bom! Oh Rosa, tens corassans?
- Tenho, com creme.
- Olha filha, guarda-me 4 que venho buscar na hora de almoço.

Entre albinismos e muitas calorias, todos devidamente aceites, o meu Café continua na mesma partilha. São estas referências que dão segurança nas escolhas. Até porque um cliente satisfeito (nem que seja pelo riso) é um cliente que volta!



Subida a um exercício

Vazio. A folha em branco da subida aponta para o cume do que não alcanço. Dou mais um passo na palavra e a caneta vai. Continuo a subir.

O fim está do outro lado da intenção e alcança-lo só depende de mim. O suor que me escorre da imaginação não me deixa ver o caminho. Tropeço no desencanto e caio. O ar rarefeito do destino empurra-me na direcção do levantar. Continuo a subir.

A proximidade do sol derrete-me a esperança literária, mas não desisto. Insisto. Abraço a caminhada final com uma frase em frente da outra. Os pés enterram-se no gelo da ocasião e o cimo já não é ontem.

O silêncio reina a toda a volta. Apenas a minha respiração me lembra do caminho que tem que ser. Continuo a escrever… passadas de subida.




P.S. – Só porque o mandou publicar, chefe!

CLUBE DE LEITURA - Comente o 1, leia o 2.

Uma semana depois, conforme combinado entre todos (aqueles), começam os comentários do milénio sobre a Millennium. Não percam a oportunidade de justiçar as vossas opiniões acerca da primeira parte de uma trilogia (que segundo consta vai passar a quadrilogia):

- Millennium 1: Os Homens que odeiam as MulheresStieg Larsson




Inicia hoje a leitura do segundo volume, com comentários garantidos daqui a uma semana:

- Millennium 2: A Rapariga que Sonhava com uma Lata de Gasolina e um FósforoStieg Larsson



Neste segundo volume da trilogia Millennium, Lisbeth Salander é assumidamente a personagem central da história ao tornar-se a principal suspeita de dois homicídios. A saga desenvolve-se em dois planos que se complementam e só a solução do primeiro mistério trará luz ao segundo: Há que encontrar os responsáveis pelo tráfico de mulheres para exploração sexual para se descobrir por que razão Lisbeth Salander é perseguida não só pela polícia, mas por um gigante loiro de quem pouco se sabe.

«...de boa leitura, escrito com persistente e tranquila clareza, com um sentido do bem e do mal que por vezes faz pensar em literatura juvenil (para adultos) e com um elenco de personagens que conseguem ao mesmo tempo ser excêntricas e ter alguma profundidade.»
Revista Expresso

«...muito suspense ,muitas cenas de acção e um final extraordinariamente inverosímil. O golpe de génio de Larsson é assumir os estereótipos narrativos e dar-lhes a volta, criando com eles um labirinto de desafios intelectuais que o leitor percorre avidamente...»
Revista LER

«Lê-se sem esforço, muito pelo estilo de escrita de Larsson, pela espessura dos próprios personagens, pela riqueza do detalhe que leva o leitor até uma Suécia diferente daquela que imagina. Uma Suécia obscura, povoada por personagens não menos obscuros, vindos de um passado que não se sabe se distante ou próximo, fantasmas que ensombram o presente.»
Os Meus Livros

Melodias de Sempre

António Ébano e Maria Mármore estavam de costas voltadas para o entendimento. Faziam do equívoco o desafinar da melodia e por muito que se apertassem as cordas, nada soava a tranquilidade. O destino músico bem se esforçava por seguir a pauta da vida mas a razão não resistia ao compasso da discórdia.

As teclas brancas olhavam de soslaio para as teclas pretas. O clima de suspeição deixava cair uma névoa de tristeza e rancor que não permitia ver sorrisos por trás da cortina. Eles até existiam. No entanto, estavam pintados de orgulho. Os acordares eram avessos e os adormeceres angustiados. Ambos choravam por dentro mas no silêncio da dúvida.

Contra explanação, um milagre aproximou-se do piano exactamente um ano depois do seu último concerto. Mandou as pautas da discórdia para o chão e substituiu-as pelo andamento futuro. Sentou-se, aqueceu bem as mãos e começou a tocar.




Uma doce melodia de entendimento encheu o ar do momento enquanto António e Maria subiam e desciam comandados por uma vontade que não percebiam. Todas as teclas se uniam na razão de uma música de sentimento, pautando cada nota pelo aprimorar do mais puro dos sons. Os suaves compassos do fundamento preenchiam os espaços do silêncio com colcheias de tudo o que sempre foi.

Finda a música, o milagre (do Amor) levantou-se, recolheu as suas folhas e partiu para outros pianos. António e Maria abraçaram-se de emoção e perdoaram os anteriores silêncios cantando em uníssono. Na escada do futuro selaram a conquista com um beijo. E que beijo!

FRASEANDO #28

Para que serve esclarecer os equívocos se as causas persistem?

Jean Paul


Johann Paul Friedrich Richter
(1763 – 1825)

CLUBE DE LEITURA – Millennium mania.

Tá dito, tá dito! As vontades terciárias de todos ditaram que A trilogia Millennium de Stieg Larsson arrebatasse a concorrência com 83% dos votos. Por sugestão de vários membros (me, myself and i) vamos ler um de cada vez porque cada um deles merece a honra de ser comentado. Não impede que agora, durante ou no fim se comente com enquadramento no todo.

Ao ritmo de um por semana (até porque quase todos já leram) iniciamos com o primeiro dos três (como se isso fosse normal numa trilogia):

- Millennium 1: Os Homens que odeiam as MulheresStieg Larsson



Mikael Blomkvist é um jornalista de meia-idade, divorciado, que tem passado a sua vida a denunciar a corrupção do mundo dos negócios de Estocolmo na sua revista Millennium. Quando Henrik Vanger, um poderoso empresário, o convida para um trabalho de investigação, Mikael tem nas mãos material irrecusável. Mas para sua surpresa descobre que, desta vez, esse material não tem nada a ver com escândalos financeiros, mas com o desaparecimento da sobrinha do empresário, Harriet, 36 anos antes, num encontro de família. Com a ajuda da sua nova e rebelde parceira, Lisbeth Salander, uma hacker de alto nível com problemas de comportamento social, irão desvendar muitos segredos da família de Henrik, até então escondidos na penumbra.

Grande cão… certo!

Certo é que o domínio de uma arte, de um objecto, de um instrumento é sempre algo de sublime. Então quando se exerce esse domínio com a mesma naturalidade com que se respira, tudo se torna eterno e único. As notas desfilaram nos nossos interiores com a suavidade transmitida por um ancião musical, um mestre de melodias mais ou menos conhecidas, mas todas com um toque de magia.

Mais que o intérprete, louvo o criador. O criador de sonoridades que acompanharam grande parte da nossa existência sem muito complemento visual, mas que simplesmente sempre estiveram lá. Juntar, desta vez, a imagem ao som e ainda por cima a solo, teve o condão de nos fazer voar pelos sons rendidos à arte. E que arte. António Pinho Vargas A Solo, encheu um palco inteiro sem precisar de mais ninguém. Imperdível. É nestes pequenos pormaiores da vida que agradeço as oportunidades que se desfilam nas nossas existências. Obrigado pela lembrança e pela surpresa!

Embora as vivências não se transmitam com a mesma emoção com que se recebem, aqui fica uma das minhas favoritas que me acompanha o imaginário, felizmente real, desde 1987. Sem mais palavras que o momento é mais de ouvir do que de ler…