Não, não foi um problema da EDP nem um corte por falta de pagamento. Foi mesmo uma escolha e uma surpresa boa (como sempre!). Escuridão, comida vegetariana e gastronomia molecular deram as mãos (e nós também muitas vezes porque ajuda a sentir onde estamos) nesta noite de sensações sem luz.
A ansiedade de uma experiência diferente transpôs-nos para o outro lado de uma cortina de emoções novas. O primeiro impacto é brutal e aguardamos tolhidos na fila que alguém que se movimenta como se houvesse luz nos conduza ao nosso lugar. Passados os pequenos encontrões da falta de hábito sentamos o nervosismo e damos início ao processo de adaptação e consequente aumento da tranquilidade. Entre nós, uma mesa de expectativa, sabe-se lá de que cor e aspecto, prepara-se para ser o palco de um desfilar de sabores mágicos e estimulantes. O mapa posicional de tudo o que lá vai sendo colocado é traçado numa voz doce e experiente que nos orienta por todos os passos.
O paladar e o olfacto chegam-se à frente na importância da noite e assumem o papel de liderança na aventura do estímulo. Alguns sabores e cheiros foram descobertos, outros nem por isso. O desenho de sabores teve origem na criatividade da Paula Cascais (dona do restaurante e da ideia) e foi pensado para provocar emoções. Tudo se saboreia, tudo se arrisca e tudo se adivinha (pelo menos tenta). Enquanto o degustar se delicia, não há tempos mortos, silêncios nem trocas de olhar. As sensações estão à flor da pele e as partilhas também.
Muito obrigado à Ana Serôdio por nos ter acolhido tão bem naquele que é o seu mundo de todos os dias e que foi nosso por uma noite. A não perder por luz nenhuma!
Duas experiências extra: ir à casa de banho e tentar “roubar” comida do prato da frente sem ser apanhado e, sobretudo, sem derrubar os copos. Aqui fica uma foto do jantar…
P.S. – Como o que é bom merece ser divulgado esta emoção toda pode ser encontrada no Restaurante Bem-Me-Quer.
Mostrar mensagens com a etiqueta Gastro(nomias). Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Gastro(nomias). Mostrar todas as mensagens
Jantar às Escuras
segunda-feira, fevereiro 01, 2010 | Etiquetas: Acontecimentos, Gastro(nomias) | 0 Comments
Teatro Gastronómico
Sábado que começou em trabalho, e continuou em trabalho, acabou em teatro. Acabo por nunca perceber a inércia que afasta a maioria de nós desta forma de expressão viva, porque sempre que cedo à inteligência e me deixo assistir, fico encantado com o que vibro. Se em cada três idas ao cinema, fosse uma ao teatro entraria numa sala de espectáculos várias vezes por ano… mea maxima culpa. Mais algum culpado por aí?

O Deus da Matança de Yasmina Reza, em cena no Teatro Aberto, surpreendeu-me pela energia vivida numa sala azul com apenas 1/3 dos espectadores possíveis, o que se notou no arrepio triste do som de poucas palmas (embora reconhecidamente batidas por quem lá estava) no final. Notáveis interpretações (Paulo Pires, Joana Seixas, Sérgio Praia e Sofia de Portugal), muito riso, muita verdade e muito assunto para conversa de jantar.
Por falar em jantar… que extraordinário o restaurante (Pano de Boca) com que nos brinda o cair do pano no Teatro Aberto. Além do ambiente acolhedor e da agradável música ao vivo, podemos deixar-nos levar (eu deixei), por exemplo, por Medalhões de javali com molho de rosmaninho e natas, cogumelos bravos, rösti de batata, couve de bruxelas com bacon e pêra com bagas de murta e depois, porque não, uns Morangos frescos em massa folhada com gelado de baunilha e chantilly. Babam-se-me as teclas só de recordar tudo isto, que se consegue por um preço bastante acessível (com 10% desconto para quem traz o bilhete do espectáculo) e que merecia um muito maior destaque da parte de comunidade gastronómica. Adorei e espero voltar (de preferência em breve).
Sejam amiguinhos dos vossos estômagos, e da vossa cultura, e façam, se não uma, pelo menos as duas coisas. Vão ver como eles agradecem (ambos os dois).

O Deus da Matança de Yasmina Reza, em cena no Teatro Aberto, surpreendeu-me pela energia vivida numa sala azul com apenas 1/3 dos espectadores possíveis, o que se notou no arrepio triste do som de poucas palmas (embora reconhecidamente batidas por quem lá estava) no final. Notáveis interpretações (Paulo Pires, Joana Seixas, Sérgio Praia e Sofia de Portugal), muito riso, muita verdade e muito assunto para conversa de jantar.
Por falar em jantar… que extraordinário o restaurante (Pano de Boca) com que nos brinda o cair do pano no Teatro Aberto. Além do ambiente acolhedor e da agradável música ao vivo, podemos deixar-nos levar (eu deixei), por exemplo, por Medalhões de javali com molho de rosmaninho e natas, cogumelos bravos, rösti de batata, couve de bruxelas com bacon e pêra com bagas de murta e depois, porque não, uns Morangos frescos em massa folhada com gelado de baunilha e chantilly. Babam-se-me as teclas só de recordar tudo isto, que se consegue por um preço bastante acessível (com 10% desconto para quem traz o bilhete do espectáculo) e que merecia um muito maior destaque da parte de comunidade gastronómica. Adorei e espero voltar (de preferência em breve).
Sejam amiguinhos dos vossos estômagos, e da vossa cultura, e façam, se não uma, pelo menos as duas coisas. Vão ver como eles agradecem (ambos os dois).
segunda-feira, junho 22, 2009 | Etiquetas: Gastro(nomias), Teatro | 0 Comments
Subscrever:
Mensagens (Atom)
-
Clube de Leitura do Bilhete de Ida
Bilhetes Lidos (Clube de Leitura)
- 1 – Hotel Memória – João Tordo
- 2- A Trilogia de Nova Iorque – Paul Auster
- 3 – O Solista - Steve Lopez
- 4 – O Jogo do Anjo – CARLOS RUIZ ZÁFON
- 5 – O LEITOR – Bernhard Schlink
- 6 – Sinfonia em Branco – Adriana Lisboa
- 7 – 333 – Pedro Sena-Lino
- 8 - O que diz Molero – Dinis Machado
- 9 - O Último Cabalista de Lisboa – Richard Zimler
- 10 - Millennium 1: Os Homens que odeiam as Mulheres – Stieg Larsson
- 11 - Millennium 2: A Rapariga que Sonhava com uma Lata de Gasolina e um Fósforo – Stieg Larsson
- 12 - Millennium 3: A Rainha no Palácio das Correntes de Ar – Stieg Larsson
Agenda do Eu
Bilhetes Etiquetados
- 333 - PSL (2)
- 7ª arte (25)
- Acontecimentos (74)
- Água (10)
- Aniversários (11)
- Arte (2)
- Artes pensantes (84)
- B.D. (3)
- Bicha_do_Demónio (2)
- Bicicletas-V (6)
- Blog adict (17)
- Bridge (1)
- Café (5)
- Carteira (2)
- Clube de Leitura (47)
- Contos Antes (2)
- Contos de Contar (4)
- Contos Deste Ano (8)
- Contos do Pensar (11)
- Contos do Previsto (1)
- Curiosidades (2)
- Dança (3)
- Doenças (6)
- Eroticozinho (16)
- Escritas (82)
- Exercícios (26)
- Farmácia (1)
- Feira (2)
- Fonias (1)
- Frases (30)
- Futebol (6)
- Gastro(nomias) (3)
- Homenagens (49)
- Hotel Memória - J.T. (4)
- Humores (54)
- Injustiça (2)
- iPhone (1)
- Jogo do Anjo - C.R.Z. (2)
- Laivos poéticos (52)
- Larsson1 (2)
- Larsson2 (1)
- Larsson3 (1)
- Literaturas (14)
- Medical Words (19)
- Mistérios do Português (10)
- Molero - D.M. (2)
- Motas (5)
- Música (23)
- O Leitor - B.S. (2)
- Obituário (6)
- Parvo - íces (2)
- Pelo Mundo (3)
- Pérolas da Sintaxe (4)
- Pets (4)
- Politiquices (1)
- Psic (1)
- Rádio (3)
- Saga do Saco (4)
- SInfonia em Branco - A.L. (3)
- Solista (3)
- Teatro (6)
- Things to do (3)
- Trabalho (8)
- Trilogia NY - P.A. (4)
- Último Cabalista - R.Z. (2)
- Viagens (16)
- Zafón (3)
Outros Bilhetes
Bilhetes Contados
Coding: Webverzeichnis | Bloggerized by GosuBlogger