Histórias da Ponte (Bridge Tales)

O suor escorria pelas têmporas da pouca experiência. A mão que segurava a mão ditada pela sorte, tremia de dúvida enquanto as honras gritavam: passa! Passa! Passados, estavam os restantes elementos da mesa que (des)esperavam pela licitação (não uma resposta lícita, mas uma oferta estudada) espremida na voz seguinte. Por conseguinte, o tempo não esperava naipes nem contas. Deixem-se de afrontas.

Por esta altura, a Dama de Copas aplicava uma chapada a um atrevido Valete de Espadas que espreitava sobre o decote da carta do lado. Malvado. O Rei de Ouros olhava impávido e sereno enquanto as contas se repetiam: três e dois cinco e um seis, balançado. As demoras davam para tudo, uns bufavam, outros fumavam (mentalmente), alguns dormiam.

- Dois sem trunfo!

Até a Dama irritada estancou a chapada. Com seis pontos?! Mas já se aplicam descontos? Enquanto os “cegos” vaguearem pelas mesas da aprendizagem, alguém que nos dê coragem! Fechada a contenda, sem emenda, que o mal, mal feito está, segue-se o carteio. Não há receio. Pior é difícil… ou então não.



O olhar atento do Mestre fazia cócegas de nervura na nuca do aprendiz, que é como quem diz: estamos claramente no reino da invenção! E porque não? Escorregar faz parte do cair e cair faz parte do caminhar. Já agora levante-se, pode ser?! É que tanto desenvolvimento, sobretudo mau, o que eu lamento, impressiona-me a compreensão. Mas onde é que aprendeu isso? Foi mais ou menos, ligeiramente muito mal jogado.

Satirizada a iniciação dos demais, fica a nota (que importa) para tudo o que há-de vir. Muitas horas, sempre sem batota, serão jogadas e escritas a seguir. Os mais atentos, experimentados ou de maior envergadura, poderão responder claramente: mas afinal qual foi a abertura?

Responda quem quiser.

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Anónimo disse...

1ST