Peste 3 – Ciência ao contrário!


Sessões, sessões, sessões, das muito fracas às boas construções. Do saber ao fazer, o resultado fotografado. Louvo as originalidades, as imaginações e as boas conclusões. Aprecio as redes de partilha e o cartão para lá, cartão para cá.




Mais uma volta. Mais uma viagem! Brincámos da noite a ciência e saboreámos gastronomia experimentada, numa mistura próxima entre trabalho e diversão. Do objectivo do dia-a-dia, fizemos viagem às eternas crianças que nunca deixaremos de ser. Sabemos que fazemos o que soubemos que fizemos, e por isso, da experiência colhemos saudade…











Peste 2 – Ibis 115



O coração da cidade é atravessado por um rio que domina o seu palpitar. O nosso, palpitou também num jantar de gala a bordo do Europa, com direito a música ao vivo e cruzeiro nocturno no Danúbio referido. A brisa quente da noite foi sentida no seu terminar, no terraço de um centro comercial abandonado, transformado em bar e discoteca. A companhia holandesa com coffe, mas sem shop foi divertida e intercultural, deixando perceber que se eles tivessem mais braços, em vez de duas de cada vez beberiam as que conseguissem agarrar!





O calor vai sendo algo pegajoso, mas suamos a alegria da roupa leve e do sol que nos acompanha de sessão em sessão. Os encontros são mais que muitos e as diferenças entre as pessoas ainda mais. Do engravatado compulsivo, às botas de cowboy, passando pelo calção e t-shirt e acabando em apoteose na moda da sandália com meias, há para todos os gostos e temperaturas. Todos diferentes todos iguais, a tender para todos diferentes, muitos foleiros!




O calcorrear da cidade, coadjuvado com a interacção rabo-facial, faz badalar aquele que é o já mais famoso quarto de hotel de Budapeste: o 115 do Ibis Heroes Square . Da fama não tem proveito, mas diverte-nos muito. Ganda maluco!


Peste 1 – Uma homenagem aos acentos!

Hungarian Natural History Museum (Budapest) - Do “internet café” da conferencia, tambem se alimenta o vicio, numa ode as maravillas da globalizacao tecnologica!

Cidade de grandes contrastes, entre a beleza de muitos edificios antigos, a sujidade e varias covas-da-moura. Falar e difícil, a nao ser para quem sabe hungaro, alemao ou russo. Os 35 graus de temperatura sabem que nem ginjas, que a proposito tambem estavam hoje na sopa do almoco juntamente com as amoras e amendoas – embora a sopa nao fosse nem doce nem salgada, antes pelo contrario – os precos sao acessiveis (1 euro = 250 forints), as pessoas contrastam um bocadinho com a temperatura, o Danubio (que separa Buda de Peste) da um ar ligeiro a baixa da cidade. O balanco e sem duvida positivo.

Entre as idiotices habituais de quem nao se gosta, a melhor companhia de alguns, as boas, as mas e as pésimas apresentacoes, a comida diferente, as 1000 pessoas de todo o mundo, os contacto que dai advem e as inevitaveis – e detestaveis - saudades, tudo corre bem pelos lados hungaros da conferencia.





P.S.1 – Afinal foi bom termos aprendido a acentuar na escola primaria, nao foi? Espero que se consiga ler…


P.S.2 - Foto de Alexandre Nieuwendam (o gajo e portugues!), para mostrar como esta pintada nos passeios a indicacao do local da conferencia.

Vício

Aeroporto de Frankfurt, posto de internet em pé no meio do corredor, ver mail... näo dá! Entäo vamos ao vício! Cá estou... teclado confuso... ups!! Embarque...

Teste ou Exame?

- Teste: m.q., testa, mas dito pelo General Ramalho Eanes.

- Exame: s.m., conjunto de provas escritas ou orais, impostas a um candidato para apreciar o seu desenvolvimento mental, os seus conhecimentos, as suas aptidões e tendências para se verificar se está ou não habilitado em dada matéria.



Rubicundas as faces, aperto no estômago, tremor nas pernas e garganta seca. É nesta altura que pensamos como era bom estar em qualquer lado, menos naquele. Mas passada a tormenta, e resultados à parte, não há momento de prazer como o imediatamente após! O simples alívio do já foi, renova a alma da esperança e enche de convicção a vontade de mais um round!




Passamos a vida a ser examinados, de alto a baixo, por dentro e por fora, do ser ao estar, justa e injustamente, beneficiados e prejudicados, por amigos e desconhecidos, com ajuda ou nem por isso, do que pensamos e falamos, do que sabemos ou que devíamos, da disposição e da doença, da maleita e da escolha mal feita! Ou seja, é uma bateria de exames que nos carrega a voltagem de existir!

No entanto, também sabemos que para muitos fins, temos que passar pelos meios, custem eles o que custarem. Quando cairmos no nosso féretro deixaremos tisnado o percurso de tanto neurónio queimado! É por isso que a sobrevivência da continuidade, depende do apoio no caminho.

Boa sorte!
Testes ou exames, eu vou estar por cá!

Fim-de-semana em 3 actos, três.


O home é um fenómeno

Reconheça-se sem nenhum aviltar que de encanecido o homem não padece. Não sou admirador confesso, mas reconheço de todo o mérito, que a melodia fica no ouvido e o trautear constante, irrita de viciante.

Sentava eu, o resto do meu Domingo no zapping pré-depressão da semana que avultava, quando deparo num programa sem história de um Herman louro e 200 Kg a mais, mas que acaba epicamente com este fenómeno da música portuguesa. Ele que me ambígua do pensamento o balanço entre foleiro, humor, piroso e estilo curioso, merece de muitos a romaria, como no Cidmania e deixa-me sem guarda. Hoje quando acordei ainda tinha na cabeça esta pérola do nacional cançonetismo…





Não é apócrifo, nem efabulador, mas é da sua arte um senhor, que arrasta multidões e gerações e que faz cantar o mais céptico dos ouvintes. Das favas ao chouriço, ele é macacos e bananas, amor, neve e tudo mais, acho que até usa cabanas!

Aqui fica o meu reconhecimento que José Cid é um fenómeno nacional!


P.S. - Do Mestre nem me atrevo a falar, mas que dizer daquele coro de 5 mamarrachos que o acompanham?!


Fim-de-semana em 3 actos, dois.


Sabores

De artes de chupar bem tente
Aquele que de trincar não têm
O petiscar de um sabor bem quente
Que do Verão dá calor na gente
E que do pudor não se contêm

Lambem-se dedos e o que mais vier
Que de erótico se faz o sabor
Dispensa-se garfo, faca e colher
Trincam-se pãezinhos de prazer
Trocam-se olhares com amor

Esplanada, balcão ou varanda
É preciso é cerveja e sol
Sempre a chupar na casca que anda
Trincar de vontade o que lá dentro anda
E viva o belo do caracol!




Fim-de-semana em 3 actos, um.


Sal a mais

A inveja como um dos pecados capitais no cristianismo, serve não só como palavra última de Os Lusíadas, como castiga os parvos como eu que não aguentam a beleza conjugal de índole capilar e saem de casa na senda de a alcançar também.


...............(A inveja, conforme Sebastián de Covarrubias, gravura século XVI)......

Decidido então a mudar visual, entro na peloqueria do bairro afoito de uma decisão radical. Queria assim e assado, com toques de frito e cozido, acha que consegue? Claro que sim ! Já fiz muitas vezes, agora usa-se muito! Então, vamos a isto!

… Pois… se calhar… é melhor não tirar muito porque isto é como o sal: a mais já não se tira! Mais vale ir cortando… sim mais um toquezinho para acertar… pois é, nasce torto… não se esqueça do sal… tem vícios… pois é… com cuidado… era mais assim, tá a ver?… cuidado… pois… mas só mais um toquezinho, sim?...hum… bem…

- Ai está! Que tal? Gosta?

- Tá salgadíssimo!!!




Sempre a CRESCER!

Quis o 13, de um Maio comemorado, que uma possível fátima fosse uma, felizmente, Madalena. Nascida do berço sólido de uma certeza familiar, veio ao mundo para abrilhantar uma continuidade e garantir uma perfilhação sentida. Na linhagem de um início que se começou João henriquicamente, veio coroar a partilha de uns progenitores, que de orgulho me aprazem a emoção.

Surge do já contentamento, a estupefacção orgulhosa de um convite parental para que apadrinhada fosse. Sibilo um inaudível sim, no nervosismo da surpresa contida num rebentar emocional. Perscruto na alma da alegria, a explanação radiante do meu sentir tão feliz na humildade do reconhecimento. Obrigado pela prova viva! Merecerei da confiança, a guarda do tesouro!



A família não pára de aumentar a teia genealógica dos crescimentos humanos. Cresce o tamanho e a idade. Orgulhamos os novos membros, na esperança que se sintam como nós… parte de um todo unido em uníssono.


P.S. - Bem vinda a esta loucura que é viver. Que tenhas uma vida boa e, sobretudo, uma boa vida! Eu… vou estar sempre aqui para ver!


... Que não passam!




E porque da imensidão faço confusão, procuro resposta na questão… e porque não?!

Escreverei da nostalgia, que não era filha única. Também havia o vazio da outra, que se podia fugia, e que por vontade se escondia, sempre atrás da túnica!

Preciso rir na derrota e preciso enrolar a cambota para que possa sentir, D. Carlota, que afinal ela não era torta! Era feitio…

- Feitio?! P*ta que a pariu! Que não há memória recente, de personagem mais delinquente.

E se da que a pariu, que por sinal ninguém viu, ficasse a imagem da derrota? Ficava na ideia, a questão que me volteia: mas afinal de que falamos nós? Se ela já está morta?!

- Não está, nem há-de estar! Que de ruim aquilo não parte e não há sabedoria, nem arte que consigam na Terra ou em Marte, gravitar a paciência de escutar.

Seguindo do chorrilho a parvoíce da escrita, percebe-se no entre da linha que assim não dá. Mais vale a gaiata que é bonita, que a outra que é maldita e que não sabe que aqui não há!

- Mas não há o quê senhor?! Ai que o homem só bebe! Tenho que avisar o doutor, que este trambolho estupor, assim que salta vê sebe! E quando chega com a “torta” em vez de janela, vê porta e aí vai ele a entrar pela horta! Raios parta a sina da vida, que me fez deste caminho a subida e deste homem a derrota!

Outra vez a derrota? Mas ninguém ganha neste baralho?! Será que o que mais arrota, da bebida faz a volta, e da prisão faz trabalho?! No meio deste jogo de sorte, e do azar que não se quer seja morte, só me apraz dizer: poker, alho!

Bom feriado!



P.S. – Calma! São apenas dores de cabeça…


Dores de Cabeça...

Nascem da vida, algumas motivações que nos fazem percolar o entendimento e a razão que nos motiva o respirar. Morrem da passagem, as experiências sentidas no palpitar do desconhecimento e da procura.

Ignoro das plantas o caule que as motiva na busca do sol. Ignoro dos animais o instinto da reacção pela sobrevivência. Ignoro da natureza o equilíbrio das forças contingentes. Ignoro da vida o final. Ignoro da morte a escuridão. Ignoro das pessoas… quase tudo!

A ambiguidade humana e a capacidade de sentimentos diametralmente opostos assustam-me! Receio das massas pensantes, a explosão de diferenciais de espírito. A velocidade da transformação que passa do bem ao mal-estar, é inerente à capacidade cognitiva de viver. Inteligência ou falta de racionalidade?!




Lamento a amálgama de pensamentos difusos e confusos, mas tenho a cabeça a latejar…

Anda tudo louco!



Não consigo perceber a cabeça das pessoas! Como é que se consegue infligir tamanhos actos sobre outro ser humano?! Não sou moralista, nem defensor de nada em especial, mas por mais que tente pensar numa justificação, não consigo. Que fenómeno de massas é este, que deve ter origem em histerias colectivas que funcionam quase como uma droga e leva a motins tão hediondos?!

Não serve para apelar a nada e também não contribui com alteração nenhuma, mas fica a reflexão sentida e difícil de ficar indiferente… que mundo é este?!






Faço do espanto o pensamento
E esgrimo na reflexão a partilha
Um mundo cercado como uma ilha
Não faz da morte em matilha
A tábua de nenhum salvamento

Espezinham do direito a vida
Para provar que a loucura assenta
No mal que a todos tenta
Na raiva que a alguns inventa
Na cegueira que querem seja lida

Triste sina dos que padecem
Nas mãos bárbaras da noção
Que a luta se faz sem razão
De matar sem deitar a mão
De lembrar o que alguns esquecem


Cem Palavras

Necessito do ambiente, mais uma vez, a 7 que é música ali do lado, para poder explanar toda a alegria verde que invade o meu coração neste dia! Fez-se do medo, mais uma vitória que não se acreditava muito, mas que se desejava imenso!

Afogo em mim a raiva que me fez gritar e mal dizer da escolha, quando vejo saltar do banco para o prolongamento, aquele que viria a ser o Leão herói e salvador! Ergo a minha taça, à taça! Esqueço na memória todas as agruras de uma época que não se quis boa… mas inesquecível!

Podem contar!





Sem Palavras



Posté

Passagem rápida só para fazer um posté (que é como se diz aqui na França!), pois o vício não permite a não alimentação do blog. Dificulto da escrita a vontade, pois os teclados azerty tornam o escrever muito enganador!


Na senda continuada do País das Maravilhas, percebo finalmente a atitude Marantiana e Diapasional (portanto do Marante e dos Diapasão) do post anterior, que um homem trabalha para um dia regressar... a diferença é que eu não levei uma vida inteira, mas sim dois dias. Sou mais rápido a perceber! No entanto, concordo que a mulher portuguesa é a mais linda, sobretudo depois de ver o trambolhame francês! Vive la femme portugaise!




No País das Maravilhas - 2


No País das Maravilhas

Temos tanto para oferecer
Que difícil é saber escolher
Mas fiz da escolha decisão
Porque representa bem a nação
E é bem Tuga, por assim dizer!



No País das Maravilhas


Elas são tantas e tão belas
Que rimam do alto das velas
E ficam no som da mente
Para que afinal tudo se apresente
Como cultura musical premente




No País das Maravilhas


No País da Maravilhas

Fuma, no ar, a pandilha
Sobe gasolina todo o dia
Reinam totós na Madeira
Levam tudo na brincadeira
Este será bigorrilha!
Dizem os jornais: já sabia?


No País das Maravilhas

Há apitos dourados e doutras cores
Puxa-se de um lado e tapa-se do outro
Que para males, há remédios piores
E este nem caiu no goto
Embora se faça fumaça
Da polémica, o assunto não passa


No País das Maravilhas

Desaparecem crianças do mapa
E quem sabe sempre escapa
Que no sul o sol ofusca
E se a PJ se torna lapa
Manda-se já parar a busca!


No País das Maravilhas

Escolhem-se 23 lutadores
Que da bola são doutores
E fazem esquecer a maleita
Que por terra a todos nos deita
E da criança a bola feita?!



Que Calor(ia)!

Começou a loucura da cultura corporal. Abriu a caça à caloria maldita, que nos persegue a barriga aflita e nos desespera o bronze ideal. O calor a aparecer, a roupa a desaparecer e as preocupações a aumentar! Despidos os agasalhos tão protectores do que está a mais, começa a agradável frescura de usar pouca roupa e a desagradável amostragem das proeminências calóricas.

Safam-se os gordos e os anafados, que não têm que a exercícios dados, perseguir a milagrosa suadeira. Sabe-se que da vida a razão ensina, que não é por pagar propina, que se desfaz todo um ano de comideira. Persegue-se o quilinho a abater, porque no Verão é para tudo ver e queremos um corpinho à maneira!

Ele é BodyPump e RPM, Step ou apenas uma passadeira. O que interessa é suar muito e queimar a desgraceira. Agora é só saladas, umas frutinhas e uns legumes, que isto das barrigas pesadas era antes e agora mudam-se os costumes. Eu prefiro as pedaladas, mas também dou por mim, a usar Jabs, Hooks e muitos Kicks para ver se dou umas pazadas, nestas calorias desgraçadas e até parece que posso ficar assim…




Tirando a peitaça saliente, que se calhar me fica mal, viva a secura patente, numa barriga tipo tábua, que isto de suar ferozmente é um sofrimento que nunca mais acábua!

Olhá bela da t-xarte!



Sacos, sapatos, bolas e contratos. T-shirts e velharias, calças, guardanapos, ferros e outros trapos, memórias e o que já não querias. Emoções, confusões, camisolas e calções, euros e trocos dados, vazios e aglomerados, pasmaceira e medalhões! Novidades e saudades, cuecas e meias para todas as idades, bugigangas e flanelas, cotelês e gangas, e tudo o mais que já sabes!

Caídos os pudores da socialite vigente, de tudo senti um pouco e da experiência muita, muita vi gente: foram betos e doutores, aleijados e safados, nacionais e estrangeirados, sacanas e drogados, condecorados ou sem louvores, curiosos e experimentados, pobres e abastados, de passagem ou ali plantados, malfadados e outros estupores! A todos vendi, a todos senti, a todos conheci e falei. Não sei de onde vim, mas sei que cresci assim, na experiência do que ali fiquei.

Fiz do cedo a necessidade da partida e ainda a noite era, quando da cama descolei. Passei do frio ao que depois se viu e chuvi da experiência, a veterania da amizade. Cruzei a fronteira da necessidade e passei para lado da vontade, a efectividade do teste que vi e senti. Troquei capas de ajuda por toldos de tradução, vendi esquecimentos de dor aguda e a nenhuma oferta disse que não. Vendi o passado para ajudar o presente e senti no acto dado, a marca do que já foi e agora não se sente.

Senti na chuva o frio do sol e aqueci na neblina da esperança a secura da mercadoria. Ajudei pró lado, vendi prá frente, fiz do molhado o valor do corpo quente. Sei que quase dei, mas senti que aproveitei nas 12 horas que ali passei, o reconhecimento das realidades que outrora ouvi e que agora já sei!

Dei mais um passo, na direcção do que é preciso. Para sentir que tudo faço, quando da vida não sinto cansaço e quando do que sei, faço sorriso! Foi assim que vendi e olhei, o cheiro da inclinação de uma cidade, que do meu berço fez a idade e da minha vitória o testemunho que dei.


- Tens calças, mano?
- Tenho de tudo, bacano!

- É só para trabalhar.
- É escolher e levar!

- Voltas cá prá semana?
- Se a vontade não me engana!

- Esse padrão já não veste.
- É do tempo, tá agreste!

- Este se calhar aperta.
- Fica a 5, é a nota certa!

- Lá em cima táva mais barato!
- Já viu bem a qualidade do sapato?!



P.S. – Se da vontade minha eu fosse, fazia da música 8 ali do lado, este meu fado, para criar o ambiente que a música nos trouxe.


Ritmos e sorrisos

Batida interior, descontracção concentrada e ritmo latente fazem parte, agora, da nossa volta semanal. Animamos stress e desfraldamos bandeiras de tensão, acumuladas pela rotina não dançada do dia-a-dia.

Pisámos treçolhos e experimentámos trambolhos, pois pés de dança nem a todos alcança. No entanto, satisfizemos vontade sentida e ânimo pensado. Aprazeríamos movimento sem tentação ritmada? Danço que não!

Estamos de volta!




"Cemitério dos Carros sem nome"

Não fala, não respira, não pensa... mas sente! E durante 6 anos e 3 meses foi meu companheiro e andou comigo para todo o lado. Foi sempre fiel e respondeu sempre às solicitações que fui fazendo, adoeceu uma vez ou outra, mas sempre esteve lá. Não tivemos uma relação muito equilibrada porque ele me deu sempre mais do que eu a ele.

Foi o primeiro que fui buscar à maternidade e que cresceu comigo. 155.580 Km depois, ficou numa fila de outros que tais, com um ar triste e abandonado. Espero que cuidem bem dele a seguir e que o gostem como eu gostei e continuarei a gostar na memória!




Mais uma vez, como em tantas outras, não teria sido possível este nascimento sem o Rei Leão. Ainda me lembro do dia em que juntos o fomos buscar. Coração aos saltos, expectativa nos píncaros. O brilho e o cheiro inconfundível de um recém-nascido não se esquece, foi um dia memorável de partilha compartilhada. Obrigado!

Viro costas ao inevitável e caminho na direcção da continuação sem este companheiro. Guardarei para sempre um sorriso, nas estradas que percorrer, lembrando-me que sempre me levaste aonde quis ir! Continuação de uma boa viagem, amigo!



P.S. - Era capaz de jurar que quando me vim embora, ouvi um ligeiro choro disfarçado.

Blogger Focker

A páginas tantas e a posts tantos, sou alcunhado (acho que é uma espécie de cunhado Árabe) por ter a característica do ser blogódependente que alivia do pensamento à escrita em menos de um click! Obrigado , pela nomenclatura e pelo reconhecimento de que a produção tem sido em massa.

Passam as 3 e de amanhã o trabalho não foge. Amanhã é a força da expressão que quer dizer daqui a bocado. Porque o agora é fútil e de palavras enroladas… adormeço acordado o sono que me faz conjugar a estupidez com a não horizontalidade.



A TMN também já enfiava esta placazinha na slot anal, já que não me deixa ter rede mais que 5 minutos de cada vez, mas de 15 em 15!

Fizemos do fundo a razão da superfície


Sentada na espera do molhe
Ansiavas da busca o regresso do fim
Sabias que a solidão nunca colhe
Os frutos de um mar que sabe a doce
Porque se salgado ele sempre fosse
Nunca o sabor saberia assim

Mergulhaste no frio da incerteza
Aqueceste a descida de esperança
Sorriste ao fácil da afinal leveza
Perante o descobrir da imensidão
Sentiste que a maré deu razão
Que acordou em ti a vontade criança

Floraste a vontade enviada
Adoçaste a mensagem seguinte
Marcaste posição avançada
Entraste em casa roubada
Agarraste um coração pedinte
Fizeste de mim teu ouvinte

Da magia fizeste teu toque
Da classe fizeste o teu cheiro
No pudor deste o teu coque
Que fez do assertivo negação
Que mudou da pedra o coração
Que fez do último amor o primeiro

E para que fique no eterno escritura
Lavro do sentir o alinhamento
Para que se encerre uma página dura
Aumentando capítulos de envergadura
E se faça a leitura mais madura
Do livro de um todo, sentimento



O meu blog já foi um programa de rádio... e já se pode ouvir!

Do sonho fiz pensamento, do pensamento fiz escrita, da escrita fiz contentamento, do contentamento fiz intenção, da intenção passo para a acção! Já se pode ouvir o programa de rádio que este blog deu...




Para ouvir e nunca esquecer que o que se escreve também se ouve! Vai ficar para sempre um link ali do lado direito para se usar e abusar!

Alucinações




Entro na velocidade dos astros e procuro alucinar a razão de viver. Imagino da imagem, a sensação de levitação sem pensamento e procuro das obrigações as vontades. Procuro no âmago da verdade, a profundidade do entendimento desentendido e a diferença que da indiferença faz questão.

Sinto que ao alcance da mão, fica a divisão de um átomo partilhado e a procura de uma vontade sentida. Estico, estico, estico mas não chego da vontade o comprimento do alcance. Olho de novo a imagem e viajo nas palavras do sonho e nas memórias faladas.

Depreendo do movimento, o reflexo do impulso de resposta. Aquiesço no pensamento o reconhecimento de que a palavra falada nem sempre corresponde à pensada e muito menos à sentida.

Procuro na escuridão da dúvida, a orientação do caminho desorientado e a saída para a resposta que não encontro. Seria possível acender a luz, se faz favor?

Sentimentos Iguais


Desculpem-me do tempo, a divisão que não consigo.
Desculpem-me do entendimento, a razão que ainda não percebo.
Desculpem-me da vontade, a ignorância que trago comigo.
Desculpem-me da solidão, a arrogância da partilha sem abrigo.
Desculpem-me da luz, a escuridão em que sou gebo.

Diz: culpem-me. Culpem-me!

Culpem-me da saudade, a vontade de estar longe.
Culpem-me da vida, o sentimento da esperança.
Culpem-me da derrota, a clausura de monge.
Culpem-me da ferida, o sarar da bonança.
Culpem-me da morte, por ser o que nunca dança.

E o pior… é que ainda não percebo!