Sou o antónimo do cavador. Cubro de salvação, a porcaria deixada. Sou um tapa buracos. Dos que eu abro, dos que os outro abrem, dos que nunca se fecham. Trabalho na sombra do silêncio e apareço na altura precisa em que o buraco é tal, que tem que ser tapado!
Pensando bem, sou bombeiro. Apago fogos de má vontade a toda a hora. Circunscrevo os meus incêndios, os dos outros e os que nunca se apagam. Trabalho no calor do fogo e apareço com a água necessária para o apagar. Refresco da convicção, o cheiro a brasa molhada.
Na verdade, sou canalizador. Vedo fugas de incompetência, ao longo do meu pingar. Fecho as minhas torneiras, as dos outros e as que nem têm rosca. Trabalho no canalizar molhado, do teflon que impede a fuga. Aperto porcas de raiva, no torneirar* da incompreensão.
Ou então sou um palhaço. Rio da superioridade de um truão, imposta no meio de tanta piada. Dou gargalhadas das minhas palhaçadas, das palhaçadas dos outros e dos palhaços inveterados. Trabalho no gargalhar da estupidez próxima, que alegra o colorir dos dias inacreditáveis. Que palhaçada!
Faço tanta coisa, que nem sei mas é o que é que ando aqui a fazer. Faço tudo o que ninguém faz e ninguém quer, não se sabendo que assim o é. Aparece feito e já está, não interessa como nem porquê. Procura-se o responsável, apenas se correr mal. É o problema de trabalhar nas zonas cinzentas, na dúvida sobra sempre para os mesmos!
Pensando bem, sou bombeiro. Apago fogos de má vontade a toda a hora. Circunscrevo os meus incêndios, os dos outros e os que nunca se apagam. Trabalho no calor do fogo e apareço com a água necessária para o apagar. Refresco da convicção, o cheiro a brasa molhada.
Na verdade, sou canalizador. Vedo fugas de incompetência, ao longo do meu pingar. Fecho as minhas torneiras, as dos outros e as que nem têm rosca. Trabalho no canalizar molhado, do teflon que impede a fuga. Aperto porcas de raiva, no torneirar* da incompreensão.
Ou então sou um palhaço. Rio da superioridade de um truão, imposta no meio de tanta piada. Dou gargalhadas das minhas palhaçadas, das palhaçadas dos outros e dos palhaços inveterados. Trabalho no gargalhar da estupidez próxima, que alegra o colorir dos dias inacreditáveis. Que palhaçada!
Faço tanta coisa, que nem sei mas é o que é que ando aqui a fazer. Faço tudo o que ninguém faz e ninguém quer, não se sabendo que assim o é. Aparece feito e já está, não interessa como nem porquê. Procura-se o responsável, apenas se correr mal. É o problema de trabalhar nas zonas cinzentas, na dúvida sobra sempre para os mesmos!
Ainda um dia há-de ser valorizado…
* ( eu torneiro, tu torneiras, ele torneira…)
1 Bilhetes Comentados:
Inspirado, cómico, assertivo...brilhante! Um dos melhores bilhetes de ida...que ainda há-de dar muitas voltas!Parabéns!
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