A vida de bairro (no meu bairro) continua a deliciar a minha atenção cada vez que uma necessidade me incute na direcção de qualquer estabelecimento ou serviço. Depois das magníficas partilhas do Café, as vicissitudes adoecidas lá de casa impeliram-me na direcção da farmácia. A espera na fila tratou do resto.
Desta vez as situações oscilaram entre o habitual riso e o choque brutal de outras realidades existentes em tanto lado e que facilmente se escondem no lado do esquecimento por não lidar com elas em base diária.
Duas situações. Na primeira duas beldades desdentadas que entraram depois de mim, tipo avental e chinelos, dirigem os seus ruidosos cumprimentos a um miúdo de braço ao peito (engessado até ao ombro) que estava com o Avô (que não conseguia assinar o papel da comparticipação dos medicamentos) no balcão, a serem atendidos. Na segunda situação, entra uma terceira beldade (igualmente desdentada, sem avental mas com chinelos) e com um espaço ocupacional aí de uns 4m2 e que perante a fila de pessoas pede uma favor às duas primeiras beldades enquanto vai tratar de outros “afazeres”.
Seguem os diálogos, 100% naturais sem qualquer adição de corantes linguísticos ou conservantes de autor.
Primeira situação:
Beldade 1: Oh gajo! Oh Sílvio! Qué isso?
Miúdo: É o meu Avô.
Beldade 1: Não pá! No braço!
Miúdo: Ah… foi o meu Pai…
Beldade 1: Estes miúdos portam-se mal e despois levam porrada!
Beldade 2: Porra! Os meus levam porrada, mas também não é preciso partir o braço!
Beldade 1: Oh… o Pai anda sempre bêbado!
Segunda situação:
Beldade 3: Fogo! Tanta gente!
Beldade 2: Oh filha… eu também tou aqui e tenho o almoço a fazer!
Beldade 3: Vocês são as últimas?
Beldades 1 e 2 (em coro): Samos!
Beldade 3: Olha, então se chegar à minha vez dizes à doutora que eu quero Clanax (foi o que eu percebi…) que eu vou ali encomendar frango e venho já…
Beldade 1: Sim… Clanax… vai lá ca gente pede… dá cá a receita e o dinheiro que despois dou-te a demasia...
Beldade 3: Brigadinho…
Desta vez as situações oscilaram entre o habitual riso e o choque brutal de outras realidades existentes em tanto lado e que facilmente se escondem no lado do esquecimento por não lidar com elas em base diária.
Duas situações. Na primeira duas beldades desdentadas que entraram depois de mim, tipo avental e chinelos, dirigem os seus ruidosos cumprimentos a um miúdo de braço ao peito (engessado até ao ombro) que estava com o Avô (que não conseguia assinar o papel da comparticipação dos medicamentos) no balcão, a serem atendidos. Na segunda situação, entra uma terceira beldade (igualmente desdentada, sem avental mas com chinelos) e com um espaço ocupacional aí de uns 4m2 e que perante a fila de pessoas pede uma favor às duas primeiras beldades enquanto vai tratar de outros “afazeres”.
Seguem os diálogos, 100% naturais sem qualquer adição de corantes linguísticos ou conservantes de autor.
Primeira situação:
Beldade 1: Oh gajo! Oh Sílvio! Qué isso?
Miúdo: É o meu Avô.
Beldade 1: Não pá! No braço!
Miúdo: Ah… foi o meu Pai…
Beldade 1: Estes miúdos portam-se mal e despois levam porrada!
Beldade 2: Porra! Os meus levam porrada, mas também não é preciso partir o braço!
Beldade 1: Oh… o Pai anda sempre bêbado!
Segunda situação:
Beldade 3: Fogo! Tanta gente!
Beldade 2: Oh filha… eu também tou aqui e tenho o almoço a fazer!
Beldade 3: Vocês são as últimas?
Beldades 1 e 2 (em coro): Samos!
Beldade 3: Olha, então se chegar à minha vez dizes à doutora que eu quero Clanax (foi o que eu percebi…) que eu vou ali encomendar frango e venho já…
Beldade 1: Sim… Clanax… vai lá ca gente pede… dá cá a receita e o dinheiro que despois dou-te a demasia...
Beldade 3: Brigadinho…
2 Bilhetes Comentados:
E são estes inusitados da vida de todos os dias, que dão origem a posts engraçadíssimos.
E oh Bruno, não é 'Samos' é 'Semos'!
Lindooooo. De ir às lágrimas a imaginar a cena :)
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