Perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem. E o tempo respondeu ao tempo que eu não tenho tempo nem para escrever, nem para falar a ninguém.
Falta-me em tempo o que me sobra em vontade.

Perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem. E o tempo respondeu ao tempo que eu não tenho tempo nem para escrever, nem para falar a ninguém.
Falta-me em tempo o que me sobra em vontade.
quarta-feira, abril 29, 2009 | Etiquetas: Artes pensantes | 2 Comments
quarta-feira, abril 29, 2009 | Etiquetas: Escritas | 1 Comments
quinta-feira, abril 23, 2009 | Etiquetas: Homenagens, Literaturas | 4 Comments
quarta-feira, abril 22, 2009 | Etiquetas: Clube de Leitura, SInfonia em Branco - A.L. | 1 Comments
segunda-feira, abril 20, 2009 | Etiquetas: Farmácia, Humores | 2 Comments
quinta-feira, abril 16, 2009 | Etiquetas: Artes pensantes, Escritas | 2 Comments
terça-feira, abril 14, 2009 | Etiquetas: Acontecimentos, Escritas | 4 Comments
segunda-feira, abril 13, 2009 | Etiquetas: Música | 0 Comments
segunda-feira, abril 13, 2009 | Etiquetas: Acontecimentos, Dança, Homenagens, Música | 1 Comments
Ernesto Guevara de la Serna
(1928-1967)
quinta-feira, abril 09, 2009 | Etiquetas: Frases | 1 Comments
quarta-feira, abril 08, 2009 | Etiquetas: 7ª arte | 1 Comments
quarta-feira, abril 08, 2009 | Etiquetas: Clube de Leitura | 1 Comments
segunda-feira, abril 06, 2009 | Etiquetas: Escritas, Exercícios | 1 Comments
A aldeia onde vivia só tinha população velha e provavelmente a maior parte deles nem conseguiam ver ou ouvir bem a sua família. O acontecimento mais marcante da sua vida, deu-se precisamente com a mudança de um jovem casal e da sua filha, lá para a aldeia. O impregnado ar feminino que passou a respirar mudou-lhe mais que a sensibilidade nasal.
O mundo que conhecia foi-se transformando aos poucos, ao ponto de aos 20 anos abandonar a aldeia para ir viver para a cidade. Queria ser realizador. O facto de sofrer de crise de identidade ajudava muito na criação de personagens para os seus filmes. Adorava viver cada uma delas, e confundia na sua cabeça a nitidez da ténue linha entre o que era ele e o que era cada personagem. Por isso se especializou em filmes sobre sonhos que nunca contam a verdade.
Actualmente vive numa penthouse de um enorme prédio na cidade. Sempre que não está em filmagens sai para a rua com o seu inseparável fotómetro e a sua velha Polaroid, em busca do filme seguinte.
segunda-feira, abril 06, 2009 | Etiquetas: Escritas, Exercícios | 0 Comments
segunda-feira, abril 06, 2009 | Etiquetas: 7ª arte | 0 Comments
sexta-feira, abril 03, 2009 | Etiquetas: Clube de Leitura, O Leitor - B.S. | 3 Comments
O pio da pia
António da Silva Albano, de todos o mais bacano, era senhor de alta voz em porte de siglas ASA. Não pilotava de ganha-pão, mas cantava noite fora pela mão em recantos de auditório e casa. Soprava notas de timbre certo, sempre de peito aberto em fulgor de paixão cantante. Não há espectador que não se levante, e de palmas não seja exuberante sempre que o Albano, a seu jeito, cante.
Assim vivia por notas e harpejos de voz, sempre em constante cantoria. Quem o visse em franzino colo de avós, jamais lhe almejaria futuro, quem diria?! Cantava para emigrantes, senhores e outros doutores, especialistas e pedintes, alguns também pedantes, surdos e outros mudos, mas todos seus ouvintes. Festas e cerimónias, restaurantes, bares e outros lugares, alguns discos e radiofonia também constavam das suas parcimónias.
Tudo cantava sobre rodas até ao dia em que nem mais um pio. Albano abriu a consola, vergou olhos e rodopiou a mola, mas som ninguém ouviu. Excepção a uma pequena nota não musical, que do esforço saiu de mansinho e odorou mais para o lado do mal. Também mal, disse da vida má sorte, em desespero de som algum que parecia dentro de si como que fechado em caixa forte. Vieram médicos e especialistas, damas de santo e engenheiros, padres e outros curandeiros, mas ninguém o punha a cantar. Azar!
Chorava em silêncio mundano, Albano já menos bacano, pela desgraça da sina sua. Por companhia e inspiração de raça ofereceram-lhe então uma catatua. Bem se esforçava o pobre animal, por devolver a voz a seu dono, mas apagado que andava afinal, nem dormia nas horas de sono. António da Silva Albano, caía no mais fundo do desespero humano.
Esperava milagre sem força, sentado na espera do dia em cadeira tom de agonia. Até que desmaiou de desalento, caiu sem contentamento e bateu com a cabeça na pia. Pois se do piar tinha sido o mal, assim como foi também agora voltou. Albano a cantar acordou uma espécie de hino nacional.
Voltou a alegria a casa de música, voltaram as vozes e as palmas em explosão, voltou o esplendor e as cantigas de rua, voltaram os coros e os trinados de mão. Albano, de novo bacano, seguiu cantando a vida em notas de feliz canção. Até hoje não voltou a perder a pio e nunca se soube o porquê da razão.
Moral do desfecho musical: em caso de aflição afónica é cabecear qualquer pia atónita. Serve para outras questões, maleitas, frases feitas e males de índole mais geral.
quinta-feira, abril 02, 2009 | Etiquetas: Contos Deste Ano, Escritas, Laivos poéticos | 0 Comments
(Oscar Fingal O'Flahertie Wills Wilde)
quarta-feira, abril 01, 2009 | Etiquetas: Frases | 1 Comments