Por mares nunca antes cheirados
Felisberto, primo do Amaral, tinha tudo para dar certo, o problema é que cheirava mal. Bonito como nenhum, bem-falante e aprumado. Mesmo na farda de comandante, nunca odorava a lavado. Sabia triste a sina de seu cheiro e esfregava o desespero sabido. Nunca era de filas primeiro, pois se vento vinha, o detrás estava caído.
Se a comandar era o mais esperto, sabiam seus homens de antemão, que ao pé do Comandante Felisberto só se chegava o Sargento Carlão. Este por ser duro de nariz e mal feito de olfacto, era o único no seu cariz que chegava perto, de facto.
Lágrimas de Comandante corriam, no ombro do primo Amaral, que a muito custo lhe dizia para não pensar no cheiro, e tal. Forjavam uma solução galante para este mal de odor marinheiro, pois se a questão não era valor para que seria então o dinheiro?! Vai de comprar cremes e sabões, loções e coisas médicas. O combate ao mal odorífero seria travado em batalhas épicas.
Mergulhado em banheira de perfumes, assim ficou o infeliz odorado. Dois dias inteiros mergulhou até estar bem fresco e lavado. Dormiu e tudo mais ali, naquela sopa de belas fragâncias. Deixou ir o mundo, que antes lhe estava parado, enquanto perfumava o mais recôndito das suas ânsias. Nascera o marinheiro perfumado.
O seu andar espalhava agora flores de Primavera, enquanto o seu falar exalava brisas e tons de aloé vera. Até o mar dos seus olhos cheirava a poesia conquistada, num perfume de outros molhos e ramos e tudo o mais que bem cheirava.
Nova página de conquista em cheiro de história de artista, pois era vê-lo a abrir sorrisos e a rodear-se de todos no navio. Já se fazia ao mar de peito aberto e do antigo ninguém mais viu, pois nascera para todos o recém cheirado Almirante Feliz Berto!
Felisberto, primo do Amaral, tinha tudo para dar certo, o problema é que cheirava mal. Bonito como nenhum, bem-falante e aprumado. Mesmo na farda de comandante, nunca odorava a lavado. Sabia triste a sina de seu cheiro e esfregava o desespero sabido. Nunca era de filas primeiro, pois se vento vinha, o detrás estava caído.
Se a comandar era o mais esperto, sabiam seus homens de antemão, que ao pé do Comandante Felisberto só se chegava o Sargento Carlão. Este por ser duro de nariz e mal feito de olfacto, era o único no seu cariz que chegava perto, de facto.
Lágrimas de Comandante corriam, no ombro do primo Amaral, que a muito custo lhe dizia para não pensar no cheiro, e tal. Forjavam uma solução galante para este mal de odor marinheiro, pois se a questão não era valor para que seria então o dinheiro?! Vai de comprar cremes e sabões, loções e coisas médicas. O combate ao mal odorífero seria travado em batalhas épicas.
Mergulhado em banheira de perfumes, assim ficou o infeliz odorado. Dois dias inteiros mergulhou até estar bem fresco e lavado. Dormiu e tudo mais ali, naquela sopa de belas fragâncias. Deixou ir o mundo, que antes lhe estava parado, enquanto perfumava o mais recôndito das suas ânsias. Nascera o marinheiro perfumado.
O seu andar espalhava agora flores de Primavera, enquanto o seu falar exalava brisas e tons de aloé vera. Até o mar dos seus olhos cheirava a poesia conquistada, num perfume de outros molhos e ramos e tudo o mais que bem cheirava.
Nova página de conquista em cheiro de história de artista, pois era vê-lo a abrir sorrisos e a rodear-se de todos no navio. Já se fazia ao mar de peito aberto e do antigo ninguém mais viu, pois nascera para todos o recém cheirado Almirante Feliz Berto!
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E a poesia também se escreve na horizontal.
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