Maria vai com os outros
Apenas Maria, menina agora de bem, nasceu no fundo de uma bacia depois do esforço de sua mãe. O berço, de outrora latão, foi esquecido a rezar o terço, bem apertado na mão e segundo doutrina de sua religião. Fez-se à vida da conquista, agarrada ao sonho de mais, sem nunca perder de vista, objectivos, desejos e outros que tais.
Cedo estudou pose e altivez de confiança, largou depressa criança e cresceu muito e sempre mais. Já nem era reconhecida pelos próprios pais. Esses mesmo que escondeu numa gaveta, que isto de conquistas endinheiradas é assunto de saias travadas e ai de quem no meio se meta.
Andou por festas e outras andanças, sempre em almofadas de ilusão. Deitou mão e enfeitou testas, deste, daquele e ainda do irmão. Ganhou fama de abertura fatal e engordou cofre de cagança, pois vida ganha na horizontal, nem sempre dá segurança, mas quem muito coisa sempre alcança. Juntou muitos nomes ao que tinha, pomposos o quanto baste, sempre segurando na pontinha da sua bandeira de traste.
De cama em cama viveu na sombra, de vidas ganhas por sangue. Perscrutou vida de abutre, com voos de escolha langue. Aprisionou conquistas de perna, guardou vitórias em rodilha e ainda deixou na camilha cartas de gente terna com toques de muita matilha.
Assim vivia com a luxúria do que ganhava no ano, até que apareceu tal figura, de corpo presente bacano. Perdeu-se de amores em revista, e pela primeira vez a conquista foi do outro, o tal de Elmano. Também ele se deitava a ganhar, vivendo em lençol de jeito quente. Se o queriam sentir e cheirar, pagavam bem e sempre à frente!
Trocada de voltas Maria, foi vitima do que sempre foi, quando viu que o cofre lhe fugia, chamou-lhe para cima de boi. Afinal deixou-se levar por encantos tantas vezes usados, que isto de saber muito trás sempre quem sabe, outros truques igualmente cantados.
E assim se fez volta à origem onde esteve sempre a pia, que esta de novo apenas Maria, sopra agora anos de fuligem e abre gavetas que já não queria. Em jeito de moral e conclusão, diz-se que quem alto voa sem estender a mão, sempre acaba a andar à toa seja de berço de ouro ou talvez não.
Apenas Maria, menina agora de bem, nasceu no fundo de uma bacia depois do esforço de sua mãe. O berço, de outrora latão, foi esquecido a rezar o terço, bem apertado na mão e segundo doutrina de sua religião. Fez-se à vida da conquista, agarrada ao sonho de mais, sem nunca perder de vista, objectivos, desejos e outros que tais.
Cedo estudou pose e altivez de confiança, largou depressa criança e cresceu muito e sempre mais. Já nem era reconhecida pelos próprios pais. Esses mesmo que escondeu numa gaveta, que isto de conquistas endinheiradas é assunto de saias travadas e ai de quem no meio se meta.
Andou por festas e outras andanças, sempre em almofadas de ilusão. Deitou mão e enfeitou testas, deste, daquele e ainda do irmão. Ganhou fama de abertura fatal e engordou cofre de cagança, pois vida ganha na horizontal, nem sempre dá segurança, mas quem muito coisa sempre alcança. Juntou muitos nomes ao que tinha, pomposos o quanto baste, sempre segurando na pontinha da sua bandeira de traste.
De cama em cama viveu na sombra, de vidas ganhas por sangue. Perscrutou vida de abutre, com voos de escolha langue. Aprisionou conquistas de perna, guardou vitórias em rodilha e ainda deixou na camilha cartas de gente terna com toques de muita matilha.
Assim vivia com a luxúria do que ganhava no ano, até que apareceu tal figura, de corpo presente bacano. Perdeu-se de amores em revista, e pela primeira vez a conquista foi do outro, o tal de Elmano. Também ele se deitava a ganhar, vivendo em lençol de jeito quente. Se o queriam sentir e cheirar, pagavam bem e sempre à frente!
Trocada de voltas Maria, foi vitima do que sempre foi, quando viu que o cofre lhe fugia, chamou-lhe para cima de boi. Afinal deixou-se levar por encantos tantas vezes usados, que isto de saber muito trás sempre quem sabe, outros truques igualmente cantados.
E assim se fez volta à origem onde esteve sempre a pia, que esta de novo apenas Maria, sopra agora anos de fuligem e abre gavetas que já não queria. Em jeito de moral e conclusão, diz-se que quem alto voa sem estender a mão, sempre acaba a andar à toa seja de berço de ouro ou talvez não.
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