Amanhecer diferente

Ontem a cidade apareceu no meu acordar com cores de novidade. Se uma amiga desapareceu na minha vida, fiel companheira diária dos últimos 2 anos, outra nasceu para mim em todo o esplendor da sua existência.

Fui buscá-la à maternidade ali da Expo, quase como um pai babado, e embrulhei-a cuidadosamente em manta de expectativa. O nervosismo apoderava-se da minha ansiedade e mal podia esperar para pegar na minha menina de 250 kg. Vestida com todo o rigor que a circunstância merecia, olhou para mim e fez o primeiro de muitos sorrisos de companheirismo. Sabíamos de pressentimento que aquele momento era apenas o início de uma longa estrada de aventura.




Fomos passear juntos e mostrei-a com orgulho ao sol e a todos os que passavam. Por onde andámos fomos olhados e cumprimentados. Inchados da nossa parceria, não havia rua com tamanho suficiente para deixar passar a nossa satisfação. Apertados pela circunstância do tempo percorremos o trajecto, sempre curto, de ida já com pena da volta. A recém-nascida brilhava de emoção.

Não querendo ser egoísta na minha alegria, tenho que dividir este acontecimento. É por isso que quem percebe como eu esta paixão por algo que quase parece alguém, merece saborear uma fatia do meu contentamento. Com todos (os que quiserem), partilho o meu bolo de felicidade em palavras e imagens. Bom apetite!





5 Bilhetes Comentados:

Gi disse...

Pois!
Carros e motas para o sexo masculino assemelham-se a filhos.

maria disse...

Que seja uma excelente companheira no teu dia-a-dia!
Algo que parece gente? Homens :)!
Até Breve!

Anónimo disse...

Linda! :)

Vera disse...

Bruno, é linda de morrer! Só te posso desejar a maior sorte para ti e para ela. Cuidado e poucas aceleradelas! O chão é duro demais quando se cai. Sabes que durante muitos anos andei de mota, à pendura, e adorava. Era uma sensação que só quem anda de mota e gosta pode compreender. Desde que temos filhos, a mota desapareceu da nossa vida porque houve um acidente estúpido (onde o meu marido perdeu um dedo) que nos fez pensar que era bom que os miúdos não se apaixonassem por motas. Para segurança deles e sossego nosso! No entanto, qualquer um de nós tem saudades de um bom passeio de capacete!
Bjs

Madalena disse...

Eu não posso ter uma coisa assim. Sabes que eu só ando a 300. Ou mais!Beijinhos
lol