Dia Mundial da Música!

Hoje, é apenas um dos 365/6 dias do ano em que a música tem dia mundial. A única diferença, é que hoje se fala disso e nos outros dias apenas o sabemos sem comentar. Como nos livros, também a música merece uma efeméride simbólica comemorativa.

A conjugação de sons numa determinada sequência, a que se decidiu chamar música, acompanha-nos desde sempre. Até antes de nascer já ouvimos música. É verdade que nem todos lemos (infelizmente), mas também é verdade que não há ninguém que não a ouça, que não a sinta, que não a veja, que não a queira… ninguém vive sem qualquer manifestação de musicalidade. Consciente ou inconsciente!

Quando é que uma combinação de sons passa a ser música? Quando nós quisermos! É essa a magia deste bem universal! A música está verdadeiramente em todo o lado. Tudo é música! Andar, viver, respirar, sentir, pensar, olhar… tudo é música! Haverá na vida, fenómeno mais abrangente?! Haverá algum outro fenómeno que abranja todas as classes, todas as condições, seres ou estados?!





Não é por acaso que é considerada das artes a primeira! Não é por acaso que é um bem patrimonial mundial, que nem precisa de divulgação nem preservação. Consegue ciclicamente renovar-se e difundir-se por si só. Para haver música, basta haver vida! E imaginação… e sentimento… e mais exemplos destes…





Mais que as palavras, ficam os sons, o sentimento e a devoção. Que todos os dias se mantenham mundiais de comemorar e ritmados de ouvir! Boas músicas!



3 Bilhetes Comentados:

Anónimo disse...

Que boa lembrança, a de postar sobre um dia tão importante! Pelo menos para mim que pauto a minha vida com musica. Um dia lanço a OST :)

musicaquatica disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
musicaquatica disse...

Ainda que os tratados de história da música façam uma distinção entre música ocidental e não ocidental, divergindo do conceito de música música universal, certo é que a maior parte de nós encontra na música uma universalidade intrínseca.

Mesmo que as origens e bases teóricas possam ser diferentes, certo é que aqui ou no extremo oposto do mundo haverá certamente uma conjugação harmoniosa de sons que despertará no músico e no ouvinte um conjunto de sensações e estados de espírito singulares, revelando a essência dos seus sentimentos, acções e motivações.

Segundo a doutrina do ethos, a música tem a capacidade de moldar o nosso carácter e temperamento. Schopenhauer foi mais longe, considerando-a a "arte magna".

Independentemente da sensibilidade e gosto de cada um, certo é que ninguém lhe é indiferente.
Ainda que a muitos dos que se consideram "os verdadeiros músicos" (ou teóricos da música) repugne a ideia de se ouvir música sem a preocupação de perceber que na terceira nota do compasso 334 o pianista deveria ter mantido o pedal, penso que o mais importante, antes de qualquer tentativa de racionalização, é sentir a música e por ela encontrar resposta para as nossas interrogações, um ponto de equilíbrio, um caminho para nós próprios, para a nossa relação com o mundo e com o que nos rodeia.

Penso que este post reflecte não só a importância que a música tem para o seu autor, mas também a que certamente terá para os leitores que por aqui passam, reflectindo de facto a consonância de ideias relativamente a algo que é universal.

Quer se trate de uma melodia de Bach ou de Chopin, de uma composição de Cage, do serialismo de Reich ou do simples canto dos pássaros, do vento, do mar, das palavras... a ubiquidade da música é uma verdade absoluta.

Parafraseando Artur da Távula, a "Música é vida interior, e quem tem vida interior jamais padecerá de solidão".

Ouçamos muita música!

Parabéns e obrigada pelo post;)