O cheiro a destino pairava no ar. O vermelho vivo de felicidade de Lupe, contrastava com o verde pálido de aceitação de Pepe. O fiel da balança tombava para o lado da inevitabilidade e o contraste das emoções ardia a olhos sentidos.
Tomei o meu lugar na longa fila de suor, esperando a minha vez para desejar felicidades aos noivos. A temperatura num México sempre escaldante, rebentava com todas as escalas de aceitação para um Europeu como eu, naquela tarde de actos consumados. Chegada a minha vez, felicitei os nubentes e entre abraços e beijos congratulei-me por ter reparado qual era o que usava vestido, pois a julgar pelos dois bigodes, que igualmente me picaram, podia ter ficado baralhado.
O aliviar de um casaco agradavelmente colocado nas costas da cadeira, permitiu que a minha camisa finalmente descolasse das costas. Emocionado pelos 40 graus mais suaves daquele dia, apresentei-me aos restantes convivas da minha mesa, explicando que estava ali para fazer uma reportagem sobre o concurso mundial de noivas de Santo António, na tentativa de justificar o que fazia alguém como eu no meio de alguém como eles. Acho que não perceberam mas aceitaram-me à mesma, permitindo que saboreasse todas aquelas iguarias maravilhosas que em nada se pareciam com os sabores que conhecia da Cantina Mariachi do Colombo. E das Amoreiras. E… do Gaiashopping. E doutros shoppings que tais.
Na terceira rodada de tequila, lembro-me vagamente de ter esborrachado alguns feijões com a testa aquando da queda da minha cabeça para cima da mesa. Duas tentativas mais tarde, para a levantar, sorri parvamente para os restantes dizendo que sardinhas e vinho tinto é que era difícil de aguentar e que aquilo não era nada! Não contente com a maravilhosa actuação até então, decidi bater ruidosamente no copo com o garfo para ver se os noivos se beijavam. Alguns tiros depois (do pai da noiva), percebi que não era boa ideia.
Altamente bebida ia a noite, quando achei que era chegada a minha hora. Procurei os noivos entre cadeiras que teimavam em atravessar-se à minha frente e chegado ao destino quase impossível, renovei votos de felicidade entre promessas de uma magnífica crónica sobre o casamento deles, alvitrando as grandes hipóteses que tinham de ganhar o almejado prémio. Santo António já tinha abençoado aquele casamento de certeza… pelo menos da parte que me lembro!
Tomei o meu lugar na longa fila de suor, esperando a minha vez para desejar felicidades aos noivos. A temperatura num México sempre escaldante, rebentava com todas as escalas de aceitação para um Europeu como eu, naquela tarde de actos consumados. Chegada a minha vez, felicitei os nubentes e entre abraços e beijos congratulei-me por ter reparado qual era o que usava vestido, pois a julgar pelos dois bigodes, que igualmente me picaram, podia ter ficado baralhado.
O aliviar de um casaco agradavelmente colocado nas costas da cadeira, permitiu que a minha camisa finalmente descolasse das costas. Emocionado pelos 40 graus mais suaves daquele dia, apresentei-me aos restantes convivas da minha mesa, explicando que estava ali para fazer uma reportagem sobre o concurso mundial de noivas de Santo António, na tentativa de justificar o que fazia alguém como eu no meio de alguém como eles. Acho que não perceberam mas aceitaram-me à mesma, permitindo que saboreasse todas aquelas iguarias maravilhosas que em nada se pareciam com os sabores que conhecia da Cantina Mariachi do Colombo. E das Amoreiras. E… do Gaiashopping. E doutros shoppings que tais.
Na terceira rodada de tequila, lembro-me vagamente de ter esborrachado alguns feijões com a testa aquando da queda da minha cabeça para cima da mesa. Duas tentativas mais tarde, para a levantar, sorri parvamente para os restantes dizendo que sardinhas e vinho tinto é que era difícil de aguentar e que aquilo não era nada! Não contente com a maravilhosa actuação até então, decidi bater ruidosamente no copo com o garfo para ver se os noivos se beijavam. Alguns tiros depois (do pai da noiva), percebi que não era boa ideia.
Altamente bebida ia a noite, quando achei que era chegada a minha hora. Procurei os noivos entre cadeiras que teimavam em atravessar-se à minha frente e chegado ao destino quase impossível, renovei votos de felicidade entre promessas de uma magnífica crónica sobre o casamento deles, alvitrando as grandes hipóteses que tinham de ganhar o almejado prémio. Santo António já tinha abençoado aquele casamento de certeza… pelo menos da parte que me lembro!
P.S. - O Objectivo é descrever um casamento no méxico, recorrendo a todos os sentidos menos a visão. 10 minutos.
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Só agora reparei q este herói podia ser o Lucas Corso...bastava trocar a tequila por gin.
Muito cómico, "sin senor"!
A isto é que se chama um exercício de estilo! f
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