Fizemos do fundo a razão da superfície


Sentada na espera do molhe
Ansiavas da busca o regresso do fim
Sabias que a solidão nunca colhe
Os frutos de um mar que sabe a doce
Porque se salgado ele sempre fosse
Nunca o sabor saberia assim

Mergulhaste no frio da incerteza
Aqueceste a descida de esperança
Sorriste ao fácil da afinal leveza
Perante o descobrir da imensidão
Sentiste que a maré deu razão
Que acordou em ti a vontade criança

Floraste a vontade enviada
Adoçaste a mensagem seguinte
Marcaste posição avançada
Entraste em casa roubada
Agarraste um coração pedinte
Fizeste de mim teu ouvinte

Da magia fizeste teu toque
Da classe fizeste o teu cheiro
No pudor deste o teu coque
Que fez do assertivo negação
Que mudou da pedra o coração
Que fez do último amor o primeiro

E para que fique no eterno escritura
Lavro do sentir o alinhamento
Para que se encerre uma página dura
Aumentando capítulos de envergadura
E se faça a leitura mais madura
Do livro de um todo, sentimento



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