Sentimentos Iguais


Desculpem-me do tempo, a divisão que não consigo.
Desculpem-me do entendimento, a razão que ainda não percebo.
Desculpem-me da vontade, a ignorância que trago comigo.
Desculpem-me da solidão, a arrogância da partilha sem abrigo.
Desculpem-me da luz, a escuridão em que sou gebo.

Diz: culpem-me. Culpem-me!

Culpem-me da saudade, a vontade de estar longe.
Culpem-me da vida, o sentimento da esperança.
Culpem-me da derrota, a clausura de monge.
Culpem-me da ferida, o sarar da bonança.
Culpem-me da morte, por ser o que nunca dança.

E o pior… é que ainda não percebo!



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