Passou...

Ainda espirro da alma
E da semana tenho pouca força

Grito a quem não me ouça
Faço do alento a minha calma
Pois por muita palavra que gaste
Aquele será sempre um traste
E da vida não terá palma


Sinto verde o sabor
Que da esperança fez vitória
Que da alegria fez memória
E que da paixão fez calor

Rugi ao alento do sonho
Abracei irmandade de conho
Gracejei ironias sem dor


Fiz do febril movimento
A mudança que pautou chuva
O chão de que pisei uva

Acertei horas ao momento
Escolhi ponteiros de continência
Reflecti conceitos de inocência
Fiz da razão salvamento


E como sei que a palavra emana
Fiz da dificuldade a teia
Para chegar ao fim da semana
E não ter do texto quem leia

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