Abraços de Escrita

Na aurora da cidade onde todos dormem, menos eu, nasceu uma nova vida de confiança. Um espírito que caminhará livre onde os outros se sentam, que se deitará onde ninguém quer estar, que dormirá onde todos acordam.

No entanto, é madrugada nessa nova vida. O amanhecer sente fome no pensamento que o impele para o caminhar. A tarde faz partir e a noite senta as ideias, obrigando a fazer do sonho o andar de amanhã. Urge escrever na dor e sentir força no que não apetece. Acontece.




És o homem do teu amanhã e a criança do teu ontem, porque fizeste desta passagem um crescimento válido para a viagem seguinte. Foste ouvinte. Soubeste escrever no caule da verdade, a determinação das tuas folhas, dos teus troncos. Deixa, não ligues aos ventos broncos.

Encontra em cada camada do sonho, a análise estratigráfica do teu sentir. Escava, mas não te deixes fugir. Abre a porta da coragem e deixa entrar os maus momentos. Sentem-se na sala do destino, discutam planos e plantas tracem mapas e linhas tantas.

Depois, sorri para a vida com a pureza do teu interior e com o espírito são de homem bom, agarra o amanhã como se não houvesse ontem! De caminho, leva estes abraços de escrita.




P.S. – Efeitos de uma insónia a pensar em ti, !

1 Bilhetes Comentados:

João disse...

Mano,

Chorei. Por enquanto, vou chamando aos "ventos broncos" ventos broncas! Porque para além e ainda delas, estão no feminino.

És grande. E olha que tens tornado* ainda maior a cada dia que passa.

Também te dou um abraço

Zé "piqueno"

* sem querer fazer nenhum tipo de referência meteorológica à tua ciclónica escrita.