No entanto, é madrugada nessa nova vida. O amanhecer sente fome no pensamento que o impele para o caminhar. A tarde faz partir e a noite senta as ideias, obrigando a fazer do sonho o andar de amanhã. Urge escrever na dor e sentir força no que não apetece. Acontece.
És o homem do teu amanhã e a criança do teu ontem, porque fizeste desta passagem um crescimento válido para a viagem seguinte. Foste ouvinte. Soubeste escrever no caule da verdade, a determinação das tuas folhas, dos teus troncos. Deixa, não ligues aos ventos broncos.
Encontra em cada camada do sonho, a análise estratigráfica do teu sentir. Escava, mas não te deixes fugir. Abre a porta da coragem e deixa entrar os maus momentos. Sentem-se na sala do destino, discutam planos e plantas tracem mapas e linhas tantas.
Depois, sorri para a vida com a pureza do teu interior e com o espírito são de homem bom, agarra o amanhã como se não houvesse ontem! De caminho, leva estes abraços de escrita.
P.S. – Efeitos de uma insónia a pensar em ti, Zé!
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Mano,
Chorei. Por enquanto, vou chamando aos "ventos broncos" ventos broncas! Porque para além e ainda delas, estão no feminino.
És grande. E olha que tens tornado* ainda maior a cada dia que passa.
Também te dou um abraço
Zé "piqueno"
* sem querer fazer nenhum tipo de referência meteorológica à tua ciclónica escrita.
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