CLUBE DE LEITURA – A Trilogia de Nova Iorque #1 (A Cidade de Vidro)

“Que acontecerá quando já não houver mais folhas no caderno vermelho?”. Estas foram as últimas palavras escritas de Daniel Quinn (que podia ser Dom Quixote, por iniciais), antes de desaparecer.

Esta primeira história da Trilogia, que também pode ser lida em formato BD, mistura real-ficção com mistério-fantástico. A brilhante tríade narrador-autor-personagem, baralha-nos da confusão o prazer da leitura. Paul Auster entra e sai do enredo como espectador participante. Uma originalidade ímpar na escrita misteriosa, deixa-nos sem perceber bem a fronteira do concreto e o horizonte da fantasia. Que pensar de tudo isto?! Quantos narradores existem?




A amálgama de certezas incertas, dão mote a uma constante dúvida no dado adquirido... ou não! Uma história sobre histórias, que cruza o que pensamos saber com o que podemos ficar a pensar.

Interpretações muitas, poderão sair da leitura de cada um: o escritor que se refugia no pseudónimo, a tragédia não sabida sobre a sua família, a misteriosa verdade dos Stillman, o autor como participante, o desaparecimento de Quinn...

Neste segundo livro do Clube, façam da opinião a partilha do entendimento. Perguntem, respondam, comentem, alvitrem... participem!



P.S. - Próxima 2ª feira (22/Dez), falaremos da segunda história: Fantasmas.

3 Bilhetes Comentados:

Anónimo disse...

Tenho q reler a história para a comentar melhor mas lembro-me q o fascínio da escrita do Paul Auster, em mim, traduzia-se por achar sempre q a história não se sustentaria até ao fim, q o inverosímil dos acontecimentos os iria aglutinar... e depois, afinal, os finais eram brilhantes ainda q não soassem a verdadeiras conclusões. Parece-me, pelo teu texto, q vou manter a mesma impressão qd reler esta história. Vou fazê-lo...
Bjos.

Anónimo disse...

Não sei se foi por ter demasiada expectativa, mas não posso dizer que me encheu. Aliás, o que mais me incomodou foi mesmo ter a sensação que Paul Auster enchia páginas de palavras. Escreve bem, sem dúvida, consegue criar alguma teia que nos prende, mas depois parece que é teia a mais. Gostei do "autor" entrar na história como personagem que se torna activa e dita o virar para um final, não final, que nos dá largas à imaginação. Afinal quem é o narrador, quem andava à procura de Quinn, quem? quem?
Vamos ver o que reserva o segundo conto.

Brunorix disse...

Também não fiquei especialmente maravilhado, mas também me parece que a leitura depois das 3 histórias poderá ser outra.

Eu gosto mais quando os livros me dão respostas e esta história deu-me, sobretudo, muitas perguntas.