Esta primeira história da Trilogia, que também pode ser lida em formato BD, mistura real-ficção com mistério-fantástico. A brilhante tríade narrador-autor-personagem, baralha-nos da confusão o prazer da leitura. Paul Auster entra e sai do enredo como espectador participante. Uma originalidade ímpar na escrita misteriosa, deixa-nos sem perceber bem a fronteira do concreto e o horizonte da fantasia. Que pensar de tudo isto?! Quantos narradores existem?
A amálgama de certezas incertas, dão mote a uma constante dúvida no dado adquirido... ou não! Uma história sobre histórias, que cruza o que pensamos saber com o que podemos ficar a pensar.
Interpretações muitas, poderão sair da leitura de cada um: o escritor que se refugia no pseudónimo, a tragédia não sabida sobre a sua família, a misteriosa verdade dos Stillman, o autor como participante, o desaparecimento de Quinn...
Neste segundo livro do Clube, façam da opinião a partilha do entendimento. Perguntem, respondam, comentem, alvitrem... participem!
P.S. - Próxima 2ª feira (22/Dez), falaremos da segunda história: Fantasmas.
3 Bilhetes Comentados:
Tenho q reler a história para a comentar melhor mas lembro-me q o fascínio da escrita do Paul Auster, em mim, traduzia-se por achar sempre q a história não se sustentaria até ao fim, q o inverosímil dos acontecimentos os iria aglutinar... e depois, afinal, os finais eram brilhantes ainda q não soassem a verdadeiras conclusões. Parece-me, pelo teu texto, q vou manter a mesma impressão qd reler esta história. Vou fazê-lo...
Bjos.
Não sei se foi por ter demasiada expectativa, mas não posso dizer que me encheu. Aliás, o que mais me incomodou foi mesmo ter a sensação que Paul Auster enchia páginas de palavras. Escreve bem, sem dúvida, consegue criar alguma teia que nos prende, mas depois parece que é teia a mais. Gostei do "autor" entrar na história como personagem que se torna activa e dita o virar para um final, não final, que nos dá largas à imaginação. Afinal quem é o narrador, quem andava à procura de Quinn, quem? quem?
Vamos ver o que reserva o segundo conto.
Também não fiquei especialmente maravilhado, mas também me parece que a leitura depois das 3 histórias poderá ser outra.
Eu gosto mais quando os livros me dão respostas e esta história deu-me, sobretudo, muitas perguntas.
Enviar um comentário