Eu estava naquele limbo vegetativo de quem ainda não acordou, mas já devia, naquela faixa de transição de preto escuro adormecido para branco ténue ligeiramente acordado, ainda sorria não sei de que sonhos e os olhos ainda não tinham descolado, quando começo a ouvir uma voz de princesa de rua a cantar ao tom da “Noite Feliz”:
-Broooche… Broooche… Broooche!
Não sei se era para mim ou não, mas continuei a sorrir no meu doce acordar. Não me estava a parecer mal e de fantasia em fantasia se constrói um novo dia. Por isso deixei-me ficar mais um bocadinho a ouvir na expectativa e passado algum tempo, de novo a mesma voz de desafinado desejo sempre com a natalícia melodia do “Noite Feliz”:
-Broooche… Broooche… Broooche!
Desta vez já tinha dado um grande passo pela porta final do limbo e tal como os olhos, também os ouvidos já tinham descolado, e pude ouvir no rádio:
- Venha ao Almada Fórum, Fórum Montijo e Fórum Barreiro e ganhe um magnífico Porsche!
Afinal era um Porsche! O que a senhora cantava a plenos pulmões de natal era: pooorsche, e era um anúncio de rádio. Levantei-me na desilusão do reconhecimento e pensei que ainda não era desta que eu podia cravar ao peito aquela “espécie de fivela de metal ou de pedraria, provida de alfinete, que as mulheres usam como jóia, para prender peças de vestuário”. Adiei a minha fantasia e segui com o dia.
Há anúncios que me baralham!
-Broooche… Broooche… Broooche!
Não sei se era para mim ou não, mas continuei a sorrir no meu doce acordar. Não me estava a parecer mal e de fantasia em fantasia se constrói um novo dia. Por isso deixei-me ficar mais um bocadinho a ouvir na expectativa e passado algum tempo, de novo a mesma voz de desafinado desejo sempre com a natalícia melodia do “Noite Feliz”:
-Broooche… Broooche… Broooche!
Desta vez já tinha dado um grande passo pela porta final do limbo e tal como os olhos, também os ouvidos já tinham descolado, e pude ouvir no rádio:
- Venha ao Almada Fórum, Fórum Montijo e Fórum Barreiro e ganhe um magnífico Porsche!
Afinal era um Porsche! O que a senhora cantava a plenos pulmões de natal era: pooorsche, e era um anúncio de rádio. Levantei-me na desilusão do reconhecimento e pensei que ainda não era desta que eu podia cravar ao peito aquela “espécie de fivela de metal ou de pedraria, provida de alfinete, que as mulheres usam como jóia, para prender peças de vestuário”. Adiei a minha fantasia e segui com o dia.
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2 Bilhetes Comentados:
Quais Porche! Pregadeira, amigo, pregadeira!
E eu que queria tanto um Porsche (Cayenne).... agora já sei onde posso arranjar um. Assim, pelo menos um sonho ficava satisfeito! :)
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