O Nome da Rosa

Umberto Eco(ou) ontem no Convento de Cristo em Tomar para nós (e para outros 60) como o faz desde 2004, numa peça que dura 3h + 6 momentos de refeição, o que dá qualquer coisa como 5 horas, mas das pequenas, porque o entusiasmo é tal que não se dá pelo tempo a passar.




A originalidade desta representação (muito característica dos Fatias de Cá) transporta o publico com os actores pelas salas do convento, com 6 passagens pelo refeitório (excelentes para retemperar forças, comer e discutir animadamente sobre o que se viu e o que se irá ver) numa adaptação fantástica, diferente, envolvente e empolgante deste emblemático romance. É verdade que nada substitui a leitura e a 7ª arte que me perdoe (e o Sean Connery também), mas estar ali ao lado dos actores (na sua maioria amadores, mas com grande brio) a viver a história em todas as salas, andar com eles, comer com eles e sentir cada momento na pele (frio incluído), dá uma imensidão muito mais vibrante da história.

Vale toda a distância percorrida, a hora a que termina a um Domingo (+/- 23h), com o posterior regresso, e o preço (que é irrisório em relação a tudo o que oferece). Permite conhecer o Convento de uma maneira diferente e em sítios onde normalmente não se tem acesso, é um excelente meio de divulgação cultural e do património e merecia uma muito maior divulgação. Uma peça que está em cena há tanto tempo e que é mais conhecida pelo boca a boca do que por qualquer outro meio.



Temos que divulgar e ter orgulho nas coisas boas (aliás, muito boas) que se fazem por cá. Uma experiência totalmente diferente não só em termos de teatro como de gastronomia. É escandaloso, eu diria quase criminoso, perder a possibilidade de viver esta aventura.

Como bónus, e para tornar tudo ainda mais excitante, podem sempre deixar a carro aberto com a chave na ignição durante 6 horas em frente ao Convento, a ver se têm sorte. Nós tivemos!



1 Bilhetes Comentados:

Si disse...

E até quando se pode ver?