M18 – Contos Lúbricos V (porque está mesmo frio… e é sexta-feira!)

A sua inocência de vida, tingia-lhe a face de uma rubicunda vergonha. Será que se notava o desejo no seu olhar?! Tinha medo que a maneira lasciva com que os seus olhos tentavam atravessar aquela roupa, fosse denunciante logo no primeiro cruzamento fitado.

Correspondendo às suas súplicas fantasiosas, todos se levantaram e abandonaram a sala. Ficaram só os dois. Pela primeira vez na vida do seu desejo, aquela mulher endeusada na sua paixão, levantava os olhos na sua direcção. Aos olhos juntou o resto do corpo e caminhava para ele. A sua temperatura interna disparou em alarme geral e à excitação voluptuosa que já se via, juntou-se um nervoso incontrolável a cada passo aproximado.

A fantasia parecia estar a tornar-se realidade e já conseguia cheirar o perfume inebriante daquele ser escultural que já estava à distância de uma carícia. A ninfa dos seus sonhos de muitas noites, aproximou-se e sem uma palavra ajoelhou-se à frente da cadeira onde se encontrava nervosamente sentado, e arrancou-lhe de uma só fúria carnal as calças que tapavam todo o seu desejo. Com a mestria própria de uma vida de muitas experiências, engoliu languidamente todo o seu desejo erecto. Poucas investidas de boca depois, e já ele tinha o seu primeiro orgasmo numa explosão de espanto há muito contido.

Deglutidos desejos depois, e aquela mulher de sonho erguia-se à sua frente tirando toda a roupa de uma só vez, revelando um corpo maduro e carregado de desejo. Sentou-se sobre ele e esfregou-lhe os enormes seios (como ele nunca vira) na cara, ordenando que os lambesse avidamente. Ao mesmo tempo, a mão dela descia na busca do desejo dele, fazendo com que desaparecesse no seu interior. Os dois deram graças, pela juventude daqueles 17 anos novamente erectos.

Um ritmo imposto à força do desejo, rangia numa dança assente naquela cadeira enquanto se gritavam desejos surdos de paixão. Ela suplicava por mais velocidade e ele obedecia de vontade, numa entrega subserviente de quem não sabe. Pouco tempo depois, explodiam em conjunto num abraço suado de certeza.

Vestiram-se na velocidade de um silêncio, enquanto sorriam da vitória consumada numa partilha de vontade com muita diferença de idade. Ele sorria, enquanto pensava que jamais esqueceria aquela mulher e a sua primeira vez, quando a campainha tocou num estridente acordar de realidade:

- Então Ricardo, o teste?! Não fizeste quase nada!
- Desculpe Professora, nem dei pelo tempo a passar…


1 Bilhetes Comentados:

Vera disse...

eheheh...lindo! Foi mesmo um exercício de aquecimento, certo?
Bom fim de semana Brunorix :-)