Daniel caminhava pela estrada da vida, quando uma dúvida de rumo o submeteu ao pensamento. Sentou-se numa pedra e, perante a dureza do assento, olhou para trás duvidante. Pensou em voltar ao tiro de partida, mas sabia que uma bala disparada jamais volta à arma.
Ficou dois dias ali sentado, ao sol e à chuva. Levantou-se muitos pensamentos depois, e ainda receoso da direcção, decidiu continuar. Foi colocando um pé em frente do outro, alternadamente, mas sem a convicção da passada certa e partiu na busca do sonho.
Quando chegou ao lado de lá do que lhe parecia certo, espreitou o vale da tranquilidade e pensou que era ali que gostava de construir uma casa. Os alicerces do seu sonho teriam que ser enterrados naquela terra de esperança. Ergueria ali um abrigo megalómano para marcar bem a sua certeza e para que fosse visto de todo o vale.
Sentou-se numa rocha, e perante a dureza do assento, abanou ligeiramente a sua convicção e pensou que uma casinha mais modesta também serviria os seus intentos de procura de paz interior. Pensou, pensou, pensou… e levantou-se. Aquele vale já não lhe parecia assim tão perfeito. Atalhou pelo monte seguinte e virou na segunda certeza à esquerda, desembocando no vale da felicidade. Agora sim! Era aqui que ia ser a sua casa!
Sentou-se num penedo, e perante a dureza do assento, deu duas voltas ao pensamento, levantou-se e seguiu caminho. Andou, andou, andou e ainda andou mais um bocadinho. Depois de tanto andar chegou ao vale que não vale nada. Inóspito como só podia, não lhe urgia de vontade a construção. O único lugar agradável de todo o vale, era um pequeno monte de erva fresca e fofa. Sentou-se, e perante a moleza do assento, nunca mais se levantou. Nem construiu. Nem andou.
Muito anos depois, levantou-se e voltou a andar. Nunca construiu, mas decidiu escrever nos limiares da memória tudo aquilo que viu. Pegou na sua caneta de sonho permanente e escreveu nas asas do vento:
Daniel caminhava pela estrada da vida…
Ficou dois dias ali sentado, ao sol e à chuva. Levantou-se muitos pensamentos depois, e ainda receoso da direcção, decidiu continuar. Foi colocando um pé em frente do outro, alternadamente, mas sem a convicção da passada certa e partiu na busca do sonho.
Quando chegou ao lado de lá do que lhe parecia certo, espreitou o vale da tranquilidade e pensou que era ali que gostava de construir uma casa. Os alicerces do seu sonho teriam que ser enterrados naquela terra de esperança. Ergueria ali um abrigo megalómano para marcar bem a sua certeza e para que fosse visto de todo o vale.
Sentou-se numa rocha, e perante a dureza do assento, abanou ligeiramente a sua convicção e pensou que uma casinha mais modesta também serviria os seus intentos de procura de paz interior. Pensou, pensou, pensou… e levantou-se. Aquele vale já não lhe parecia assim tão perfeito. Atalhou pelo monte seguinte e virou na segunda certeza à esquerda, desembocando no vale da felicidade. Agora sim! Era aqui que ia ser a sua casa!
Sentou-se num penedo, e perante a dureza do assento, deu duas voltas ao pensamento, levantou-se e seguiu caminho. Andou, andou, andou e ainda andou mais um bocadinho. Depois de tanto andar chegou ao vale que não vale nada. Inóspito como só podia, não lhe urgia de vontade a construção. O único lugar agradável de todo o vale, era um pequeno monte de erva fresca e fofa. Sentou-se, e perante a moleza do assento, nunca mais se levantou. Nem construiu. Nem andou.
Muito anos depois, levantou-se e voltou a andar. Nunca construiu, mas decidiu escrever nos limiares da memória tudo aquilo que viu. Pegou na sua caneta de sonho permanente e escreveu nas asas do vento:
Daniel caminhava pela estrada da vida…
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